Nota policial da soltura de Catharina Palse no jornal A Federação. Fonte Wikipedia
Obras de João Simões Lopes Neto
Contos Gauchescos
Lendas do Sul
O Dia Em Que o Povo de Porto Alegre Comeu Linguiça de Carne Humana
Pois diz que um tal de José Ramos era funcionário de um açougue na Rua Coronel Fernando Machado, nos fundos do Palácio Piratini em Porto Alegre, de propriedade do imigrante alemão Carlos Claussner - esse José Ramos era amasiado com uma Polaca chamada Catarina, na verdade ela era descendente de alemães e nasceu na parte húngara da Transilvânia, terra do Conde Drácula...
O açougue do Claussner vendia uma linguiça loca de especial, muito apreciada no povoeiro.
Acontece que Carlos Claussner, sumiu de repente, se escafedeu, e perguntado sobre o paradeiro do patrão, José Ramos disse que este havia lhe vendido o açougue e se transferido pro Uruguai.
Mas, já haviam relatos de desaparecimentos na região, principalmente de caixeiros viajantes, e um destes fora visto pela última vez justamente no açougue que servia também de residência de Claussner e do casal José e Catarina. Este caixeiro possuía um cusco que foi visto durante dias latindo na porta do açougue até desaparecer também.
Tudo isso levou a polícia a investigar o local, e não é que descobriram os restos mortais não só do caixeiro desaparecido como de outros e inclusive do próprio Claussener, que era cúmplice - afinal suas linguiças faziam muito sucesso. Ele foi morto por ameaçar denunciar o casal.
A polícia apurou que Catarina seduzia os viajantes que eram conduzidos à casa, onde Claussner e José os matavam, desossavam e parte da carne virava ingrediente das famosas linguiças.
Este caso teve seu desfecho no ano de 1864 e ficou conhecido como O Crime da Rua do Arvoredo, que era o nome da rua Fernando Machado na época. Apesar da tentativa óbvia de abafar um crime tão hediondo, e esconder o canibalismo, mesmo involuntário, o caso teve grande repercussão e ficou documentado na imprensa da época.
Um fato muito curioso é a semelhança deste caso com outro ocorrido na França no ano de 1387 onde um cusco também ajudou a denunciar o caso.
Lá o criminoso era um barbeiro que aproveitava a grande frequência de turistas, pois o local ficava próximo da Catedral de Notre Damme, para assassinar os clientes e, por um alçapão, joga-los num porão que se comunicava com uma padaria onde eram preparadas deliciosas tortinhas de carne servida aos cônegos e oficiais de Notre Damme.
Pois neste caso, quem denunciou o crime, como aconteceu na rua do arvoredo, foi um cachorrinho de uma das vítimas, que ficou dias latindo em frente a barbearia, aguardando seu dono que fora assassinado.
Aqui o link para o post sobre o assunto do Blog 30joursaparis.com.br
A Lenda do Gritador
Agradecimentos à Prefeitura de Santa Cecília/SC https://www.santacecilia.sc.gov.br/cms/pagina/ver/codMapaItem/25526
Conta à lenda, que um jovem muito maldoso que gostava de judiar dos animais tinha um cavalo, no qual andava o dia inteiro, em disparada. Não o tratava como devia, nem ao menos lhe dava água. A noite deixava o pobre animal preso com uma corda curta, impedindo-o de escapar. Sua mãe vendo o animal ser surrado e maltratado, o que em pouco tempo o levaria a morte, esperou que seu filho dormisse e foi cuidar do cavalo. Após dar comida e água soltou a corda, permitindo dessa forma sua fuga.
No outro dia, quando o jovem acordou, procurou o animal, não o encontrando, ao descobrir o que havia ocorrido, amarrou sua mãe, encilhou-a e montou, esporeando-a de tal forma que a fez chorar de dor. A mãe rogou uma praga ao filho: ele haveria de gritar de dor, mesmo após a morte. Na noite em que o homem morreu, todos os moradores dos arredores ouviram gritos vindos dos abismos, alguns dizem que seus gritos ecoam até hoje no alto da Serra do Espigão.
O Gritador - Curta-metragem com direção e roteiro de Carlos Porto e Ulisses Costa. Produção de Chaiane Bitelo e Jackson Ritte
Gracias ao canal Carlos Porto
"O Gritador" conta a história de três jovens que se perdem ao acampar nos Aparados da Serra, RS, entrando em contato com o Gritador, uma lendária assombração da região.
Este curta foi produzido pela Grande Angular Produções, em associação com TV Unisinos e em parceria com empresas e entidades do Vale do Sinos e dos Campos de Cima da Serra.
Por não contar com recursos de leis de incentivo, a realização demorou 2 anos e 8 meses da pré-produção à finalização.
As externas foram rodadas em São José dos Ausentes, no ponto mais alto do RS. Mais de 3 mil km foram percorridos até se encontrar as locações ideais. Já as cenas da lenda foram todas captadas em estúdio, contra um fundo azul, para posterior inserção de desenhos feitos à mão e computação gráfica. Oito músicos se envolveram na trilha sonora original -- incluindo o gaiteiro Renato Borghetti e o percussionista Fernando do Ó.
A composição junta música folclórica gaúcha com instrumentos tradicionais.
A lenda do Gritador é parte da cultura do estado, mas é pouco conhecida fora de sua região. Por isso, a Grande Angular também produziu, simultaneamente, um documentário, "Nos Campos do Gritador".
ELENCO:
Werner Schünemann: Alastor / Gritador
Leandro Lefa: Thomas
Juremir Neto: Andrei
Lindon Shimizu: Rafael
Maico Silveira: Calote
Fernando Brás: Mosquito
E apresentando Nydia Gutiérrez
EQUIPE: Direção e roteiro: Carlos Porto e Ulisses Costa Produção: Chaiane Bitelo e Jackson Ritter Fotografia e Montagem: André Conti Trilha Sonora: Chico Pereira Engenharia de Som: Roberto Coutinho Efeitos Especiais: Fábio Stabel e Carlos Porto Festivais: Cinefantasy (2008) - São Paulo, SP - Prêmio Incentivo Festival Guarnicê (2007) - São Luís, MA Mostra de Cinema (2007) - Ouro Preto, MG Exibições: RBS TV - Curtas Gaúchos (2008) TVE RS - TV Cine (2008 e 2009) TV Com (2008)
O Gritador - Música Sobre a Lenda - Especial Caça Fantasmas Brasil
Composição: Iuri Castelan - Imagens: João Tocchetto | Iuri Castelan - Edição de Imagens: João Tocchetto - Canal Caça Fantasmas Brasil