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Tamo de volta com esta tropeada do Boca Braba hoje Milongueando uns Chamamés.
No bloco anterior, falamos sobre o ritmo Milonga, agora falaremos um pouco sobre o Chamamé.
Chamamé é um estilo musical tradicional da província de Corrientes, Argentina, apreciado também no Paraguai, Uruguai e Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. É considerado uma expressão artística que tem elementos da cultura indígena guarani, afro-americana e europeia. Foi declarado Patrimônio cultural da humanidade pela Unesco em dezembro de 2020.
Tradicionalmente, os instrumentos utilizados pelos chamamezeiros são dois violões e um bandoneón. No Rio Grande do Sul o bandoneón é substituído pela gaita apianada, a de oito baixos ou a gaitinha de botão.
A origem da palavra chamamé não é muito certa, alguns historiadores procuram atribuir à palavra o significado improvisar, porém, trata-se somente de uma tentativa de buscar uma origem nas línguas indígenas, a qual não pode ser comprovada. Para os argentinos, chamamé significa "senhora ama-me". No Brasil, a palavra tem o significado de "chama-me para bailar" ou "te aprochega".
Ouvimos, Oswaldir e Carlos Magrão, Outras Fronteiras, depois, Mauro Moraes e Quarteto Milongueamento, Milonga Véia Gaucha, e a última, Os Fagundes, Louco por Chamamé.
Uma das características mais marcantes das interpretações dos chamamés é o sapucay, que é aquele grito gaúcho que costumamos emitir quanto estamos comemorando algo, querendo chamar a atenção ou simplesmente por pura patacuada. O Sapucay tem origem indígena e em tupi-guarany a palavra significa grito.
Ouvimos, Xirú Missioneiro, Num Chamamé, depois, Buenas e M'espalho, De São Miguel A Mercedes, e a última, Luiz Carlos Borges, Na chama do Chamamé.
Se tu queres saber mais sobre o Chamamé vai lá no Bolicho do Boca Braba. Lá tem um vídeo do Canal Linha Campeira sobre o assunto.