segunda-feira, 21 de novembro de 2016

domingo, 18 de setembro de 2016

República Rio-Grandense - Querência, Pátria e Nação


Temos bandeira, hino, história e tradição, portanto somos uma Nação.






A República Rio-Grandense, também conhecida como República de Piratini, foi um Estado-nação não-reconhecido formado no extremo sul do Império do Brasil, em território equivalente ao atual estado do Rio Grande do Sul. O período constituiu sendo a mais longa revolta brasileira da história[1]. Foi proclamada em 11 de setembro de 1836, pelo general Antônio de Sousa Neto, como consequência direta da vitória obtida por forças oligárquicas gaúchas na Batalha do Seival (1836), durante a Revolução Farroupilha (1835-1845). No entanto, o objetivo principal nunca foi proclamar um estado-nação próprio, e, portanto, separado do Estado brasileiro, mas sim mostrar ao Império do Brasil que as oligarquias gaúchas não estavam nem um pouco satisfeitas com os altos impostos.



A bandeira oficial da República Rio-Grandense era composta pelas cores verde, amarelo e vermelho. Há duas versões para o motivo da composição da bandeira: uma versão explica que seriam as cores-símbolos do Brasil, o verde-amarelo, com o vermelho, que simboliza a república, entrecortando as mesmas; outra versão explica que o verde representava a mata dos pampas, o vermelho o ideal revolucionário, e o amarelo as riquezas do território gaúcho; e uma outra versão diz tratar-se o verde da bandeira portuguesa e o amarelo da bandeira espanhola (respectivamente, o mais importante colonizador e o segundo mais importante colonizador do território do estado do Rio Grande do Sul), entrecortados pela listra vermelha em vertical que seria símbolo de federação na região platina desde a época de José Gervásio Artigas (1764-1850). No entanto, o verde só seria adicionado à bandeira portuguesa em 1910, 65 anos depois do término da Revolução Farroupilha, o que descarta esta última versão. Da mesma forma, a atual bandeira do estado do Rio Grande do Sul vem a ter as mesmas cores, tendo sido adicionado o brasão da República Rio-Grandense no meio da bandeira.


Os principais líderes sul-rio-grandenses eram estancieiros, que estavam insatisfeitos com os altos impostos sobre o charque e o couro, de modo que os mesmos produtos estrangeiros fossem mais baratos que os nacionais. A Constituição da República Rio-grandense foi aprovada em 1843, em Alegrete. No entanto, as oligarquias gaúchas se consideravam brasileiras, ainda que tivessem se rebelado por essa disparidade econômica. O mesmo acontecia com a população do Rio Grande do Sul, que também se considerava brasileira, ainda que tenham sido convencidos a lutar em favor dos estancieiros gaúchos, em função dos altos impostos sobre o charque e o couro, que prejudicavam diversos setores da economia local. Entre as principais cidades da então Província de São Pedro do Rio Grande do Sul que não aderiram aos revoltosos, está Porto Alegre, que por esse motivo recebeu do Império o título de "Leal e Valerosa Cidade de Porto Alegre", seu lema oficial até hoje. 

A economia da então província de São Pedro do Rio Grande do Sul do Império do Brasil era voltada principalmente para a produção de charque e couro. A província voltava a sua produção para o mercado interno, do qual dependia inteiramente. Mas com o câmbio sobrevalorizado e os benefícios tarifários então oferecidos, o charque importado tinha um custo inferior ao nacional. Assim sendo, os estancieiros da região iniciaram uma rebelião contra o Império do Brasil, e, no dia 10 de setembro de 1836, ocorreu a Batalha do Seival. Com a fulminante vitória dos revoltosos, liderados por Antônio de Sousa Neto, a idéia separatista tomou forma. No dia seguinte, em 11 de setembro, o general Souza Neto proclamou a República Rio-Grandense.

Outro líder separatista, Bento Gonçalves, então preso por forças imperiais na província da Bahia, foi aclamado presidente em 6 de novembro de 1836, junto com 4 vice-presidentes:

    Antônio Paulino da Fontoura,
    José Mariano de Matos,
    Domingos José de Almeida,
    Inácio José de Oliveira Guimarães.

Parreiras, Antônio (1915), Proclamação da República Piratini.

Como Bento Gonçalves estava preso, foi necessário eleger um novo presidente, José Gomes de Vasconcelos Jardim, que imediatamente nomeou o ministério da república:[2]

    Domingos José de Almeida – ministro do interior e fazenda
    José Pinheiro de Ulhoa Cintra – ministro da justiça e estrangeiros
    José Mariano de Matos – ministro da guerra e marinha

Ao longo da guerra foram nomeados generais da república:

    João Manuel de Lima e Silva
    Bento Gonçalves
    Antônio de Sousa Neto
    Bento Manuel Ribeiro
    Davi Canabarro
    João Antônio da Silveira

A primeira capital da nova república foi a cidade de Piratini.[2] Em 1839, forças lideradas pelo revolucionário italiano Giuseppe Garibaldi e pelo gaúcho Davi Canabarro proclamaram a República Juliana na província de Santa Catarina, tomando a cidade de Laguna. A nova república formou uma confederação com a Rio-Grandense mas não durou muito, pois não conseguiu tomar a capital provincial de Nossa Senhora do Desterro (depois renomeada Florianópolis).

A República Rio-Grandense foi dissolvida em 1 de março de 1845, pelo Tratado de Poncho Verde, que manteve em vigor algumas leis derivadas da constituição rio-grandense. Teve ao todo cinco capitais durante os seus nove anos de existência: Piratini, Caçapava do Sul, Alegrete e São Gabriel (capitais oficiais), Bagé (somente por duas semanas) e São Borja. Os seus presidentes foram Bento Gonçalves e Gomes Jardim.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Rep%C3%BAblica_Rio-Grandense

domingo, 11 de setembro de 2016

11 de Setembro - Proclamação da República Rio-Grandense

Todo o gaúcho sabe que no dia 20 de Setembro é comemorada a Revolução Farroupilha e muitos acreditam ser esta a data da proclamação da nossa República - afinal está no nosso hino "...foi o vinte de setembro, o precursor da liberdade..." - mas a verdade é que a República Rio-Grandense  foi declarada no dia 11 de Setembro de 1836 - há exatos 180 anos.

Proclamação da República de Piratini, 1915, por Antônio Parreiras. fonte wikipedia

Em 1835 foi desencadeada a Revolução Farroupilha, que manifestava o descontentamento da Província de São Pedro do Rio Grande, a mais meridional do Império, com o governo regencial do Império do Brasil. Os objetivos do movimento, inicialmente não muito claros, tomaram um rumo irreversível nesse episódio.

Enquanto o líder, general Bento Gonçalves, concentrava-se em ações militares próximo a Porto Alegre, o General Antônio de Sousa Neto, comandante da 1ª Brigada Ligeira de Cavalaria do Exército Liberal, travava uma batalha contra forças imperiais, próximo ao Arroio Seival, em Bagé, que acabou em vitória rotunda e surpreendente. A batalha ficou conhecida como Batalha do Seival e ensejou que o Neto estabelecesse naquele momento a proclamação da República Rio-grandense. Mesmo sem o conhecimento de Bento Gonçalves, líder do movimento, Neto e seus pares, pelos princípios republicanos resolveram separar a Província do resto do Império do Brasil e proclamá-la uma nação republicana independente. Bento Gonçalves seria informado e aclamado presidente, posteriormente.

Eis o texto lido pelo General Antônio de Sousa Neto frente a suas fileiras:

        Bravos companheiros da 1ª Brigada de Cavalaria!

        Ontem obtivestes o mais completo triunfo sobre os escravos da Corte do Rio de Janeiro, a qual, invejosa das vantagens locais de nossa província, faz derramar sem piedade o sangue de nossos compatriotas, para deste modo fazê-la presa de suas vistas ambiciosas. Miseráveis! Todas as vezes que seus vis satélites se têm apresentado diante das forças livres, têm sucumbido, sem que este fatal desengano os faça desistir de seus planos infernais.

        São sem número as injustiças feitas pelo Governo. Seu despotismo é o mais atroz. E sofreremos calados tanta infâmia? Não, nossos companheiros, os rio-grandenses, estão dispostos, como nós, a não sofrer por mais tempo a prepotência de um governo tirânico, arbitrário e cruel, como o atual. Em todos os ângulos da província não soa outro eco que o de independência, república, liberdade ou morte. Este eco, majestoso, que tão constantemente repetis, como uma parte deste solo de homens livres, me faz declarar que proclamemos a nossa independência provincial, para o que nos dão bastante direito nossos trabalhos pela liberdade, e o triunfo que ontem obtivemos, sobre esses miseráveis escravos do poder absoluto.

        Camaradas! Nós que compomos a 1ª Brigada do Exército Liberal, devemos ser os primeiros a proclamar, como proclamamos, a independência desta província, a qual fica desligada das demais do Império, e forma um estado livre e independente, com o título de República Rio-grandense, e cujo manifesto às nações civilizadas se fará competentemente. Camaradas! Gritemos pela primeira vez: viva a República Rio-grandense! Viva a independência! Viva o exército republicano rio-grandense!

        Campo dos Menezes, 11 de setembro de 1836 – Antônio de Sousa Neto, coronel-comandante da 1ª brigada.


Nesse ponto o enfoque histórico muda de rumo. A "Revolta" ou "Revolução Farroupilha" dá lugar à guerra entre duas nações soberanas. Os historiadores se dividem: concretizou-se ou não o nascimento de um novo país? De qualquer forma, a disputa bélica a partir daí é preferencialmente[carece de fontes] chamada Guerra dos Farrapos do que Revolução Farroupilha, embora ambas as denominações sejam usadas, indistintamente, por outros autores, para todo o período desse confronto bélico.

Travessia por terra de dois navios da Marinha de Guerra da República Rio-Grandense. Dotados de gigantescas rodas e puxados por centenas de bois, os navios foram transportados por 80 km, da Lagoa dos Patos até Tramandaí, num dos maiores feitos militares da história. 

 

 O cenário da proclamação da República


A província do Rio Grande do Sul vivia momentos de tensão em 1835. O descontentamento com a política do governo central e a oposição entre conservadores e liberais, o estopim da Revolução Farroupilha, praticamente antecipavam o longo período de confrontos armados. Cerca de duas semanas depois de um grupo de rebeles farroupilhas ter ocupado Porto Alegre, cem homens deflagravam o movimento na Vila Piratini, comandados pelo capitão de milícia Antônio José de Oliveira Nico e por Domingos de Souza Neto. As primeiras colunas de farrapos marcharam pelas ruas estreitas da vila, a 8 de outubro, sob a aclamação dos piratinenses.

Por sua localização estratégica, no alto da Serra do Sudeste, e pela existência de dezenas de prédios proximos para a instalação dos comandos revolucionários, a vila tornou-se o centro de operações do movimento. Em dezembro de 1832, o coronel Souza Neto passou a chefiar a Legião de Guardas Nacionais da Comarca de Piratini, formada por quatro companhias recurtadas em Piratini, Canguçu, Cerrito e Bagé. Com 28 anos, comandou a coluna farroupilha que venceu, em 10 de setembro de 1836, em Seival, as tropas imperiais de Silva Tavares.

A vitória dos integrantes da Primeira Brigada Liberal marcou um dos acontecimentos militares mais importantes do movimento e despertou o desejo de emancipação dos farrapos. Na noite do combate de Seival, ainda sob a euforia da vitória, o capitão Manoel Lucas de Oliveira e Joaquim Pedro Soares foram até a barraca de Neto para convencê-lo a opcuar o posto de general-em-chefe do exército e proclamar a República.

Ali mesmo escreveram os rascunhos da proclamação. No dia seguinte, 11 de setembro, antes de sair o sol, as tropas já esperavam o futuro general nos campos dos Menezes, à margem esquerda do rio Jaguarão. Neto apareceu a galope. Postou-se ao centro da tropa, ergueu a espada e anunciou a proclamaão da República Rio-grandense. Dois meses depois, a Vila de Piratini tornou-se capital, e o general Bento Gonçalves da Silva foi eleito presidente da República, mesmo estadno preso há um ano no RIo de Janeiro e em Salvador.

Piratini permaneceu como capital por mais dois anos. Por motivos estratégicos, a capital foi transferida para Caçapava do Sul e, mais tarde, para Alegrete. Enfraquecida, a cidade levaria novo golpe. Um ato do governo provincial fez com que Piratini retornasse à categoria de vila. Iniciava-se o declínio.

domingo, 28 de agosto de 2016

Tronqueras do Rio Grande II - Paixão Cortes

 
Crédito: https://pt.wikipedia.org/wiki/Paix%C3%A3o_C%C3%B4rtes

João Carlos D'Ávila Paixão Cortes nasceu em Santana do Livramento em 12 de Julho de 1927. Essa lenda viva do Rio Grande do Sul foi, junto com Barbosa Lessa e Glauco Saraiva, o responsável pela pesquisa e divulgação das tradições gaúchas.
As lendas, canções e danças gaúchas surgiram no século XVII com a chegada dos colonizadores europeus a região do pampa que pertenciam a Portugal e Espanha e hoje compreende, além do Rio Grande do Sul, Uruguai e parte do Paraguai e Argentina. Essas tradições foram transmitidas oralmente por décadas e foi só por volta de 1947 que começaram a ser catalogadas por Paixão Cortes junto com Glauco e Lessa.
Muitas das canções e danças gaúchas que hoje são apresentadas nas invernadas  artísticas dos CTGs provavelmente teriam se perdido não fosse a dedicação deste folclorista.
Em 1948 organizou o CTG 35 e em  1953 fundou o Conjunto Folclórico  Tropeiros da Tradição.


Algumas músicas resgatadas por eles foram gravadas por Inezita Barroso em 1956, o que colaborou para difundir a cultura gaúcha em todo o país e no exterior.


Paixão Cortes é Formado em Agronomia e além de folclorista é escritor e compositor tendo produzido diversas obras que foram divulgadas no Brasil e na Europa.


Em 1971 fez o papel de Pedro Terra no filme "Um Certo Capitão Rodrigo" baseado na obra de Érico Veríssimo "O Tempo e o Vento"


Paixão Cortes foi o modelo para a Estátua do Laçador, símbolo da cidade de Porto Alegre e em 2010 foi escolhido patrono da Feira do Livro da cidade.
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domingo, 21 de agosto de 2016

Empezando a Lida - Tronqueras do Rio Grande

Buenas Indiada. Bamo empezar a lida falando das origens da tradição gaúcha. Nossa homenagem hoje vai para um dos maiores símbolos da nossa cultura: Jayme Caetano Braun.

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Jayme Guilherme Caetano Braun (Timbaúva, 30 de janeiro de 1924 — Porto Alegre, 8 de julho de 1999) foi um renomado payador e poeta do Rio Grande do Sul, prestigiado também na Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia. Era conhecido como El Payador e por vezes utilizou os pseudônimos de Piraj, Martín Fierro, Chimango e Andarengo.




Biografia

Payador, poeta e radialista, Jayme Caetano Braun nasceu na Timbaúva (hoje Bossoroca), na época distrito de São Luiz Gonzaga, na Região das Missões no Rio Grande do Sul.

Durante sua carreira fez diversas payadas, poemas e canções, sempre ressaltando o Rio Grande do Sul, a vida campeira, os modos gaúchos e a natureza local.

Jayme sonhava em ser médico mas, tendo apenas o Ensino Médio, se tornou um autodidata principalmente nos assuntos da cultura sulina e remédios caseiros, pois afirmava que "todo missioneiro tem a obrigação de ser um curador".

Aos 16 anos mudou-se para Passo Fundo, onde viveria até os 19 anos. Na capital do Planalto Médio, Jayme completou seus estudos no Colégio Marista Conceição e serviu ao Exercito Brasileiro.

Jayme foi membro e co-fundador da Academia Nativista Estância da Poesia Crioula, grupo de poetas tradicionalistas que se reuniu no final dos anos 50, na capital gaúcha.

Trabalhou, publicando poemas, em jornais como O Interior e A noticia (de São Luiz Gonzaga). Passa dirigir em 1948 o programa radiofônico Galpão de Estância, em São Luiz Gonzaga e em 1973 passa a participar do programa semanal Brasil Grande do Sul, na Rádio Guaíba. Na capital, o primeiro jornal a publicar seus poemas foi o A Hora, que dedicava toda semana uma página em cores aos poemas de Jayme.

Como funcionário público trabalhou no Instituto de Pensões e Aposentadorias dos Servidores do Estado e ainda foi diretor da Biblioteca Pública do Estado de 1959 a 1963, aposentando-se em 1969. Na farmácia do IPASE era reconhecido pelo grande conhecimento que tinha dos remédios.
Hilton Araldi(idealizador do Memorial) ao lado de D. Bréa Ramos Braun(viúva de Jayme Caetano Braun) e Marcelo enteado de Jayme.Passo Fundo.

Em 1945 começa a atuar na política, participando em palanques de comício como payador. O poema O Petiço de São Borja, publicado em revistas e jornais do país, fala de Getúlio Vargas. Participa das campanhas de Ruy Ramos, com o poema O Mouro do Alegrete, como era conhecido o político e parente de Jayme. Foi Ruy Ramos, também ligado ao tradicionalismo, que lançou Jayme Caetano Braun como payador, no 1º Congresso de Tradicionalismo do Rio Grande do Sul, realizado em Santa Maria no ano de 1954.

Casou duas vezes, em 1947 com Nilda Jardim ,e em 1988 com Aurora de Souza Ramos. Teve três filhos, Marco Antônio e José Raimundo do primeiro casamento, e Cristiano do segundo.

Anos mais tarde participaria das campanhas de Leonel Brizola, João Goulart e Egidio Michaelsen e em 1962 concorreria a uma vaga na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul pelo PTB, ficando como suplente.[2]

Veio a falecer de parada cardíaca em 8 de julho de 1999, por volta das 6h, em Porto Alegre. Seu corpo foi velado no Palácio Piratini, sede do governo sul-riograndense, e enterrado no cemitério João XXIII, na capital do estado. Para o dia seguinte estava programado o lançamento de seu último disco Exitos 1.
Obra

Antes de escrever qualquer coisa sobre este icone do tradicionalismo gaúcho é importante grifar a importancia da influencia do poeta gaúcho que nasceu em Uruguaiana e que fincou raizes na região Sudoeste do Paraná, José Francisco dos Santos Silveira, o qual foi responsavel por incentivar o payador na produção de sua obra (SILVA, 1998, p. 13). Lançou diversos livros de poesias, como Galpão de Estância (1954), De fogão em fogão (1958), Potreiro de Guaxos (1965), Bota de Garrão (1966), Brasil Grande do Sul (1966), Passagens Perdidas (1966) e Pendão Farrapo (1978), alusivo à Revolução Farroupilha. Em 1990 lança Payador e Troveiro, e seis anos depois a antologia poética 50 Anos de Poesia, sua ultima obra escrita.

Publicou ainda um dicionário de regionalismos, Vocabulário Pampeano - Pátria, Fogões e Legendas, lançado em 1987.

Jaime também gravou CDs e discos, como Payador, Pampa, Guitarra, antológica obra em parceria com Noel Guarany. Sua ultima obra lançada em vida foi o disco Poemas Gaúchos, com sucessos como Payada da Saudade, Piazedo, Remorsos de Castrador, Cemitério de Campanha e Galo de Rinha.

Gravou, ainda, com Lúcio Yanel, Cenair Maicá e Luiz Marenco:
Agradecimentos à Luiz Jesus Aguiar de Souza

 

Entre seus poemas mais declamados pelos poetas regionalistas do país inteiro, destacam-se Bochincho, Tio Anastácio, Amargo, Paraíso Perdido, Payada a Mário Quintana, Payada para o Irmão Negro e Galo de Rinha.

Seu nome batiza ruas, praças e principalmente CTGs no Rio Grande do Sul e em todo o Brasil. É considerado o patrono do Movimento Pajadoril no Brasil.
Texto: Wikipedia
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domingo, 14 de agosto de 2016

Um Pito - Homenagem do Boca Braba no Dia Dos Pais

Estava listo a empezar a lida, pensava em mostra as origens do gauchismo. Fica para a próxima, por hoje, uma justa homenagem aos pais. 



Letra: Claudio Patias
Olha, guri, repara o que estás fazendo
Depois que fores, é difícil de voltar 
Passei-te um pito e continuas remoendo 
teu sonho moço deste rancho abandonar. 

Olha, guri, lá no povo é diferente 
E certamente faltará o que tens aqui 
Eu só te peço, não esqueças de tua gente 
De vez em quando, manda uma carta, guri. 

Refrão
Se vais embora, por favor não te detenhas
Sigas em frente e não olhes para trás
E assim não vais ver a lágrima insistente
Que molha o rosto do teu velho, meu rapaz. 
(2x)

Olha guri pra tua mãe, cabelos brancos 
E pra esse velho que te fala sem gritar
Pesa teus planos, eu quero que sejas franco
Se acaso fores, pega o zaino pra enfrenar. 

Olha guri, leva uns cobres de reserva
Pega uma erva pra cevar teu chimarrão 
E leva um charque para ver se tu conservas 
Uma pontinha de amor por este chão. 

Refrão
Se vais embora, por favor não te detenhas
Sigas em frente e não olhes para trás
E assim não vais ver a lágrima insistente que molha o rosto do teu velho, meu rapaz.
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domingo, 7 de agosto de 2016

Estamos de volta!

Agora a tradição e a cultura gaúcha terá um novo espaço na internet.
O Boca Braba está de volta!

 E pra comemorar vai ai o imortal João de Almeida Neto cantando o tema de inspiração do blog na
30ª Coxilha Nativista de Cruz Alta
E aguardem: Em breve o Programa do Boca Braba numa rádio web perto ti.

Espetáculo com João de Almeida Neto na 30ª Coxilha Nativista de Cruz Alta
Interprete: João de Almeida Neto
Violão 7 cordas: Arthur Bonilla
Gaita:Samuel Costa
Contrabaixo: Miguel Tejera
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sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Payada

Pajada ou Payada é uma forma de poesia improvisada vigente na Argentina, no Uruguai, no sul do Brasil e no Chile (onde chama-se Paya). É uma forma de repente em estrofes de 10 versos, de redondilha maior e rima ABBAACCDDC, com o acompanhamento de violão.

A pajada remonta os romances e quadras medievais e renascentistas, trazidos pelos povoadores europeus e adaptadas as tematicas campeiras. A Pajada está presente no sul da América desde quando as fronteiras eram imprecisas, o que impossibilita dar uma nacionalidade ao gênero artístico.

No sul do Brasil, as pajadas são cantadas em versos em Décima Espinela, no estilo recitado com acompanhamento musical de um músico de apoio, normalmente em milonga.

Pajador (ou Payador em castelhano, quer dizer repentista) é o artista da pajada, um repentista que canta seus versos de improviso. O pajador referencial do Rio Grande do Sul é Jayme Caetano Braun e o mais conhecido na atualidade, dentro e fora do Brasil é Paulo de Freitas Mendonça.

Em 30 de janeiro é comemorado, no Rio Grande do Sul, o Dia do Pajador Gaúcho. A data reconhecida por lei no Rio Grande do Sul, presta homenagem a um dos mais renomados pajadores do estado: Jayme Caetano Braun, que nasceu nesta data. Ele é considerado o patrono do Movimento Pajadoril, surgido a partir do ano de 2001, com a vigência da Lei 11.676/2001 que cria o Dia do Pajador Gaúcho no Rio Grande do Sul.

Fonte: Wikipedia