quinta-feira, 30 de junho de 2022

Programa do Boca Braba 17ª Tropeada - Grandes Compositores

 

Buenas Indiada! Estamos chegando para mais um programa do Boca Braba. Quero agradecer o costado desta gauchada macanuda e mandar um quebra-costela do tamanho do garrão do Brasil pedindo ao Patrão Eterno que abençoe a todos.

O assunto hoje são os Grandes Compositores. Vamos falar um pouco sobre alguns destes gaúchos que nasceram com o dom de escrever músicas e poesias que ficam eternizadas na mente e no coração da gauchada. Mas antes, como de costume, vamos ouvir nosso hino e uma oração.

Nós ouvimos Cristiano Quevedo interpretando o Hino Rio Grandense na gravação do DVD Contraponto, em Piratini, no ano de 2011, e depois Mano Lima, Ave Maria.

O tema de hoje são Os Grandes Compositores. E eles são muitos, tanto que não será possível homenagear a todos em um único programa. Portanto, assim como estou devendo outros programas sobre os Tronqueiras do Rio Grande, os heróis farroupilhas e outras escaramuças gaúchas, vou ficar devendo, também, outros programas sobre os Grandes Compositores, por enquanto, vamos falar de alguns, empezando com Barbosa Lessa.
Luiz Carlos Barbosa Lessa nasceu em Piratini aos 13 de dezembro de 1929 e faleceu em Camaquã à 11 de março de 2002. Foi folclorista, escritor, músico, advogado e historiador.
Inclusive falamos dele no programa sobre os Tronqueiras do Rio Grande, pois Barbosa Lessa foi um dos fundadores do Movimento Tradicionalista Gaúcho. E foi nas suas pesquisas sobre a música regional que ele resgatou e compôs letras inesquecíveis, como Negrinho do Pastoreio, Balaio e Quando Sopra o Minuano. Nas minhas pesquisas não consegui encontrar nenhuma gravação na voz de Barbosa Lessa, mas suas composições forma interpretadas por diversos artistas gaúchos e até do centro do país, como Inezita Barroso, Leopoldo Rassier, Kleiton & Kledir e José Cláudio Machado.

Se tu queres saber mais sobre este Tronqueira do Rio Grande, veja um vídeo documentário sobre Luiz Carlos Barbosa Lessa.

Há pouco ouvimos, na voz de José Cláudio Machado, a composição de Barbosa Lessa, Quando Sobra o Minuano.

Pois, José Cláudio Machado, foi outro grande compositor que iremos homenagear hoje. Nascido em Tapes, aos 17 de novembro de 1948, José Cláudio Machado compôs centenas de músicas interpretadas por ele e por diversos cantores de vários estilos de João de Almeida neto à Bebeto Alves. José Cláudio Machado partiu pra estância de cima em 12 de dezembro de 2011 na cidade de Guaíba.

Ouvimos, Luiz Marenco e José Cláudio Machado, De Bota e Bombacha, depois Joca Martins, Arranchado, e a última Bebeto Alves, Milongueando Uns Troço.

E enquanto eu encilho o mate, vamos a uma pequena pausa praos apoiadores locais e eu aproveito, como sempre, pra te pedir que visite os apoiadores do programa.  Assim tú estarás contribuindo para este projeto de valorização da cultura gaúcha.

 

Programa do Boca Braba 17ª Tropeada – Bloco 2

 

Programa do Boca Braba. A cultura gaúcha com opinião. Hoje estamos falando sobre os Grandes Compositores.

Ainda falando sobre José Cláudio Machado, é interessante ressaltar que este excelente artista não só se importava, e até incentivava, que outros cantores gravassem suas canções, como vimos no bloco anterior, mas também gostava de interpretar canções de outros artistas, como Barbosa Lessa, que ouvimos no bloco anterior, Valdo Nóbrega e outros compositores, como veremos nas canções Alambrador e a Media Luz.

Ouvimos, na voz de José Cláudio Machado, as composiçoes Alambrador, do poeta Valdo Nóbrea e A Media Luz, tango de Carlos Cezar Lenzi e Edgardo Donato.

Esta música que estamos ouvindo ao fundo é A Media Luz executada no violão por Marcello Caminha, se tu queres ver o vídeo desta música  clica em Vídeos.

Seguindo na mesma linha, vamos falar de outro cantor e compositor, este contemporâneo, que também interpreta composições de outros artista e tem suas músicas gravadas por ele e por outros cantores: Mauro Moraes.

ouvimos, Assim no Más, música de Mauro Moraes na vós de João de Almeida Neto. Com esta interpretação, João de Almeida Neto e Mauro Moraes junto com Talo Pereyra, Aurélio Leal e Luis Cardoso, Conquistaram o prêmio de Melhor Conjunto Instrumental na 9ª Edição da
Tertúlia Musical Nativista de Santa Maria em 1988.

Nascido em Uruguaiana,Mauro Moraes é cantor, compositor e violonista, e já foi premiado com 6 troféus Açorianos de Música. Em 1999, 2004, 2005 e 2007, nas categorias Melhor Compositor, Música Regional e Melhor Disco Regional.
Em 2002, foi homenageado na Câmara Municipal de Porto Alegre com o Prêmio Lupicínio Rodrigues, pelo conjunto de sua obra. Foi homenageado pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em 2014, pelo seus 30 anos de carreira e em 2017, na 40ª Califórnia da Canção Nativa. Mauro Moraes também possui dois Discos de Ouro pela gravadora USADISCOS, pelos álbuns De Bota e Bombacha, onde José Claudio Machado e Luiz Marenco interpretaram músicas suas, e Com Todas as Letras, que interpretou ao lado do grupo Quarteto Milongueamento.

Ouvimos, nas vozes de José Claudio Machado e Luiz Marenco, a música de Mauro Moraes, Dobrando os Pelegos, depois Mauro Moraes e Quarteto Milongueamento, Feito o Carreto.

Outro compositor que segue na mesma linha é Gujo Teixeira.

Paulo Henrique Teixeira de Souza nasceu em Porto Alegre e é músico, compositor e pecuarista, estudou na UFSM, formando-se em medicina veterinária.

Reside em Lavras do Sul, onde escreve seus poemas e livros, e trabalha na produção pecuária em sua propriedade rural.

Gujo é bastante conhecido por sua parceria com Luiz Marenco, mas também gravou com o grupo Alma Musiqueira.

Ouvimos, Alma Musiqueira, Tô a Cavalo e depois, com Jari Terres e Luiz Marenco, a composição deste e de Gujo Teixeira, Batendo Água.

Vamos ouvir os chasques dos apoiadores locais e já voltamos.

Programa do Boca Braba 17ª Tropeada – Bloco 3

 

Programa do Boca Braba. A cultura gaúcha com opinião. Tamo de volta com a nossa tropeada hoje falando sobre os grandes compositores.

E se falarmos de Grandes Compositores, não podemos esquecer os Payadores, e talvez o maior deles, ou um dos maiores seja Dom Jaime Caetano Braun.

Jayme Guilherme Caetano Braun nasceu na Timbaúva, então distrito de São Luiz Gonzaga em 30 de janeiro de 1924 e faleceu em Porto Alegre em 8 de julho de 1999. Foi um payador, poeta e escritor, prestigiado também na Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia. Considerado um dos maiores nomes da música gaúcha, ao lado de Pedro Ortaça, Noel Guarany e Cenair Maicá com os quais forma os Quatro Troncos Missioneiros.

Pra quem não sabe, Pajada é uma forma de poesia em estrofes de 8 versos, onde o primeiro verso rima com o quarto, o quinto, e o último, o segundo rima com o terceiro, e o sexto rima com o sétimo. O declamador é acompanhado por violão ou gaita normalmente em ritmo de milonga.

Se a explicação ficou meio confusa, vamos escutar a payada O último Bochincho e eu peço que preste atenção nas rimas que tu vais entender.

Mas a payada também pode ser uma poesia contando um causo onde a rima não é tão importante, como podemos ver na poesia Peão de Tropa.

As payadas de Don Jaime foram gravadas e adaptadas em forma de canção por vários artistas como podemos ouvir a seguir:

O Programa do Boca Braba vai dar vaza pros apoiadores locais e volta em seguidita no más.




Programa do Boca Braba 17ª Tropeada – Bloco 4

 

Programa do Boca Braba. A cultura gaúcha com opinião. O tema de hoje são os Grandes Compositores.

Este tocador de rádio sempre deixa o último bloco do programa para mostrar os Tronqueiras do Rio Grande, então hoje, vamos chamar mais alguns que além de serem os esteios da pátria gaúcha também são grandes e excelentes compositores.

Noel Fabrício da Silva nasceu em São Luiz Gonzaga, em 26 de dezembro de 1941, e faleceu na Bossoroca em 6 de outubro de 1998. Foi cantor e compositor.  Autodidata, Noel aprendeu, ainda na adolescência, a língua Guarani e a tocar violão de 12 cordas, também chamado de guitarra.

Na década de 1960, percorreu diversos países latino-americanos, onde catalogou a cultura gaúcha e colheu ensinamentos, que utilizou como subsídio para criação de suas músicas.
Em 1970, Noel Guarany, lançou, em conjunto com Cenair Maicá, um compacto simples, com as músicas Filosofia de Gaudério e Romance do Pala Velho.

No ano de 1976 Noel Guarany gravou em parceria com Jayme Caetano Braun, de maneira independente, o LP Payador, Pampa, Guitarra, do qual vamos ouvir Bailanta da Siá Chinica.

Um dos grandes intérpretes das Músicas de Noel Guarany, foi Jorge Guedes, outro grande compositor missioneiro.

Aqui vamos ouvir, Na Baixada do Manduca, gravado no disco A volta do Missioneiro de 1988.

Ouvimos, de Jorge Guedes e João Sampaio, na voz de César Oliveira e Rogério Melo, com participação de Jorge Guedes, Nego Betão.

Como falamos de Jayme Caetano Braun e Noel Guarany, dois dos quatro Troncos Missioneiros, vamos falar dos outros Dois: Cenair Maicá e Pedro Ortaça.

Pedro Ortaça já foi tema dos Tronqueiras do Rio Grande na 9ª tropeada.

Cenair Maicá nasceu em Tucunduva, em 3 de maio de 1947 e faleceu, precocemente, em Porto Alegre, num 2 de janeiro aos 41 anos. Assim como Noel Guarany, foi cantor e guitarreiro. Conhecido por cantar a natureza e os índios, era conhecido como cantor das águas, devido ao tema recorrente em suas canções.

Ouvimos, Cenair Maicá, de sua autoria, Rio Uruguai, depois, Fatima Ginmenez, Balseiros do Rio Uruguai.

Ouvimos, Pedro Ortaça, de sua autoria, Décima do Sorro.

O Programa do Boca Braba esta nos finalmente, e eu espero que os amigos e amigas tenham gostado do nosso programa e peço ao Patrão Velho das Alturas que nos de força e saúde para estarmos todos aqui novamente na próxima semana.