domingo, 26 de junho de 2022

Programa do Boca Braba 13ª Tropeada - Revolução Farroupilha

  

Planta da cidade de Porto-Allegre [Cartográfico] : com a linha de trincheiras e fortificações que lhe tem servido de defesa desde o memoravel dia 15 de junho de 1836/ por L. P. Dias.[/caption]

Buenas Indiada! Estamos chegando para mais um programa do Boca Braba. Conforme prometido, O tema da tropeada de hoje é uma continuação da tropeada da semana passada quando falamos sobre a República Rio-Grandense.

Quero agradecer o costado desta gauchada e mandar um quebra-costela bem chinchado, pedindo ao Patrão da Estância Eterna que abençoe a todos.

Hoje falaremos sobre a Revolução Farroupilha.

Mas antes, como de costume, vamos ouvir nosso hino e uma oração.

O Tema de hoje é a Revolução Farroupilha. Vamos falar um pouco da história desta refrega que iniciou em 20 de Setembro de 1835, durou 10 anos e findou com a assinatura do Tratado do Poncho Verde.

Na introdução desta música, a dupla declama a última estrofe do poema Eis o Homem, de Marco Aurélio Campos. Nós vamos ouvir a payada completa no quarto bloco do programa.

Mas o assunto hoje é a Revolução Farroupilha.

A história da Guerra dos Farrapos deve ser contada a partir de 10 anos antes do 20 de Setembro de 1835.

O termo Farrapo ou Farroupilha era utilizado de forma pejorativa para designar os Sul-Riograndenses vinculados ao Partido Liberal, opositores do governo central e defensores de uma maior autonomia das províncias em relação ao império. Mais tarde foi incorporado pelos próprios liberais e hoje temos orgulho em dizer que somos Farroupilhas.

Esta peleia entre os Liberais e o governo central, representado principalmente pelo Partido Restaurador foi se intensificando até que, em 1835 os Farroupilhas, liderados pelo General Bento Gonçalves resolveram tomar a cidade de Porto Alegre e destituir o governador da província.

O Programa do Boca Braba tem o apoio cultural do Caldo Bom.

É interessante ressaltar que, apesar de entre os Liberais Farroupilhas existir aqueles que queriam a separação da província, a intenção inicial não era a separação e sim uma maior autonomia da província e um tratamento justo do governo central, algo muito parecido como que desejamos até hoje. Porém as circunstâncias levaram a criação em 11 de Setembro de 1836 da República Rio-Grandense.

Ouvimos, Cristiano Quevedo, Regresso Farroupilha.

E enquanto eu encilho o mate, vamos a uma pequena pausa  e eu aproveito pra te pedir que visite os apoiadores do programa, assim tú estarás contribuindo para este projeto de valorização da cultura gaúcha.


Programa do Boca Braba 13ª Tropeada – Bloco 2

 

Imagem: Mapa da Província de São Pedro do Rio Grande, c. 1852, Herrmann Wendroth.

Programa do Boca Braba. A cultura gaúcha com opinião. Tamo de volta com esta tropeada do boca braba, hoje falando sobre A Revolução Farroupilha.

A Guerra dos Farrapos teve batalhas épicas, personagens que se tornaram heróis e outros nem tanto.

Para citar alguns. Bento Gonçalves, que era General do Império e se tornou o principal líder Farroupilha e primeiro Presidente da República Rio-Grandense. Entre os seus feitos se destaca a tomada de Porto Alegre e o duelo com o também Líder Farroupilha Onofre Pires, num dos muitos desentendimentos entre os Farrapos.

Antônio de Souza Neto, talvez o principal líder Farroupilha pelas diversas batalhas que enfrentou, a principal a Batalha do Seival, que antecedeu a proclamação da nossa República.

Bento Manuel Ribeiro foi outra grande figura da nossa revolução e talvez seu maior feito foi a tomada, em 1838, da cidade de Rio Pardo, a Tronqueira Invicta, na batalha do Barro Vermelho.

Uma curiosidade que assola os interessados pela nossa história é porque Porto Alegre, que sempre foi a capital da província não se tornou a capital da República Rio-grandense. Bueno, a região das Serras do Sudeste, por sua localização estratégica passou a ser o centro das operações da revolução e a então vila de Piratini a sede das operações do movimento. Quando foi proclamada a República, Piratini passou a ser a primeira capital.


Programa do Boca Braba 13ª Tropeada – Bloco 3

 

Tamo de volta com a nossa tropeada, desta feita apresentando o chasque do Boca Braba, o momento em que este tocador de rádio deixa sua mensagem franca e sincera.

Na semana passada falamos sobre como seria nosso País Sul-riograndense se não tivéssemos assinado a paz do Poncho Verde e também dos motivos para rever as relações entre nosso estado e a administração central, aliás, como vimos no primeiro bloco, os motivos permanecem os mesmos a quase 200 anos.

Mas hoje vou abrir cancha pra outro vivente deixar seu chasque. E não é qualquer vivente, vamos pealar, nada mais nada menos que Mario Rubens Battanoli de Lima, mais conhecido com Mano Lima numa prosa com seu filho:

No bloco anterior, falamos sobre os heróis farrapos e suas batalhas. Mas e a mulher farroupilha? Bueno, todos conhecem a heroína de dois mundos Anita Garibaldi, inclusive vamos falar mais sobre ela num próximo programa, e é evidente que existiram muitas mulheres que fizeram mais do que seus afazeres domésticos durante a Revolução Farroupilha, infelizmente, a maioria permaneceu no anonimato.

Mas, os reboliços aqui no garrão do Brasil, não se limitaram a Revolução Farroupilha, houve outros movimentos evolucionários, como a Revolução Federalista de 1893 e a Revolução de 1923, pois foi nessa revolução que se destacou Olmira Leal de Oliveira, que ficou conhecida como Cabo Toco.
Nascida em 18 de junho de 1902, na localidade de Camaquã, foi a primeira mulher a integrar a Brigada Militar, em 1923 como enfermeira e combatente no 1º Regimento de Cavalaria, hoje 1º Regimento da Polícia Montada, com sede em Santa Maria. Graduada a cabo, ganhou o apelido de “Cabo Toco" devido a sua baixa estatura, mas não se limitava apenas às atividades de apoio. Empunhando seu fuzil, lutava lado a lado com a mesma valentia dos demais soldados.

Num próximo programa vamos falar mais destas outras revoluções sulinas e sobre esta personagem fantástica que quase ficou no esquecimento.

Ouvimos, de Nilo Bairros de Brum e Heleno Gimenez, a vencedora da 5ª Vigília do Canto Gaúcho de Cachoeira do Sul na voz de Fátima Gimenez, Cabo Toco.

O Programa do Boca Braba tem o apoio cultural do Clube do Mel.


Programa do Boca Braba 13ª Tropeada – Bloco 4

 

O tema de hoje é a Revolução Farroupilha e é claro que vamos precisar de muitos programas pra contar essa história, portanto, mais adiante vamos contando detalhes desta e de outras epopeias gaúchas.

Por enquanto vamos chamar os pataqüeros, Volnei Corrêa e Volmir Martins.

Conforme prometido, a payada de hoje é com os Teatinos, de Marco Aurélio Campos, Eis o Homem:

Quem amadrinha este tocador de rádio já sabe que o Boca Braba não costuma fazer homenagem póstuma, eu prefiro, sempre que possível, prestigiar nossos artistas enquanto eles estão vivos.

Mas esta semana tivemos duas perdas irreparáveis, o Airton Machado, dos Garotos de Ouro e Iedo Silva, um, vítima da peste chinesa e o outro num acidente de trânsito logo agora que recomeçaram as apresentações ao vivo, interrompidas por conta da mesma peste.

Portanto, vamos fazer uma exceção e trazer, com permisso do amigo Gabriel Moraes, do canal Raízes do Sul, a vencedora da 4ª Coxilha Nativista, Gaitita, e depois Iedo Silva, canta, Me Comparando ao Rio Grande