sábado, 17 de julho de 2010

Confirmado: Dilma Pressionou a Receita Para Proteger Sarney

Era a prova que faltava: Dilma, enquanto chefe da casa civil, pressionou a Receita Federal para encerrar uma investigação contra a famiglia de seu mais novo amigo de infância, José Sarney.
Para quem não lembra: A secretária da Receita Federal, Lina Vieira, havia declarado que encontrou-se com Dilma Rouseff, antes de ela se chamar Lula, para tratar do assunto. O poste negou e colocou em movimento toda a máquina do governo para abafar o caso. Agora a revista Veja volta ao assunto. Abaixo matéria de Veja.com, volto em seguida:

Eleições 2010

Dilma volta a negar que tenha pressionado Lina Vieira

Em resposta à reportagem de Veja, a candidata do PT, Dilma Rousseff, voltou a negar que tenha se encontrado com a ex-secretária da Receita Lina Vieira


TSE: Dilma recebe quarta multa Pinóquia mostrando o tamanho que fica seu nariz quando mente (AE)
 
"A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, voltou a negar que tenha se encontrado com a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira, para pressioná-la a encerrar uma investigação fiscal contra a família Sarney. 'Afirmo que tive reuniões com ela (Lina Vieira), que não foram as que ela relatou', disse no início da tarde deste sábado, antes de encontro político realizado em Jales, no interior de São Paulo.
A ex-ministra voltou a ser questionada sobre a denúncia da controversa reunião com Lina Vieira, supostamente ocorrida em 9 de outubro de 2008, porque a revista Veja publicou reportagem neste final de semana trazendo novos indícios que confirmariam a história contada pela ex-secretária da Receita Federal. 'Não tive acesso ainda à reportagem e não acredito nisto', reafirmou.
Na reportagem de Veja, o técnico de informática Demetrius Sampaio Felinto afirma que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República escondeu imagens gravadas pelo circuito interno de TV do Palácio do Planalto que comprovam a suposta reunião. Única maneira de provar quem diz a verdade (Dilma ou Lina Vieira), as imagens teriam sido apagadas, segundo informações divulgadas à época pelo serviço de segurança da Presidência, levando o caso a ser encerrado.
À Veja, Felinto disse que vinha sofrendo pressão para não revelar a existência do vídeo. Ainda de acordo com a revista semanal, o denunciante vinha há sete meses negociando com o comitê de campanha do PT a não divulgação das imagens. E que também vinha tentando obter vantagem para divulgar ou não, dependendo do interesse de quem se propusesse a pagar."
Sigam-me os bons: Demétrius diz que estava negociando com o comitê de campanha do PT para não divulgar as imagens, há sete meses, e tentando negociar com o 'outro lado'. Como as imagens não foram mostradas até agora é óbvio que ele não negociou com o PSDB. É Demétrius! negociatas, dossiês, subornos, falcatruas, terrorismo eleitoral é mesmo com o PT.

Lulla falando de Collor

É o Collor falando do Lulla ou o Lulla falando do Collor? Sei lá. É tudo a lesma lerda!


É pessoal, Lulla perdeu a eleição para Collor em 1989, mas aprendeu rapidinho.
Enquanto isso: "É Lulla apoiando Collor, é Collor apoiando Dilma"
É Elles quem dizem: ouça aqui.

Um Pouco de História: Tancredo Neves

Minha filha não gosta da disciplina de História, talvez seja culpa do professor, sei lá. Na tentativa de fazê-la superar esta dificuldade disse-lhe o seguinte: O conhecimento do passado é importante para entender o presente e prever o futuro. Acho que não ajudou muito, então vamos à prática:

No período que compreendeu o Regime Militar no Brasil, do golpe militar ou revolução ou contra-golpe de 1964 até a eleição de Tancredo Neves (1985), a escolha do Presidente da República era feita através de um Colégio Eleitoral (Deputados e Senadores). O Governo Militar havia extinguido todos os partidos e autorizado a criação de apenas duas organizações políticas que não podiam ter denominação de partido: a Aliança Renovadora Nacional - ARENA, do governo, e o Movimento Democrático Brasileiro – MDB, de oposição. Como o regime militar havia cassado os políticos considerados subversivos (aqueles que faziam oposição mais ferrenha) e os Senadores eram indicados pelo Presidente, a eleição presidencial era uma espécie de teatro para dar um ar de democracia na eleição, ganhava sempre o candidato da Arena que apresentava uma chapa composta por um General como candidato a presidente e um civil com vice. Esta situação permaneceu até Janeiro de 1985 quando foi apresentado uma chapa civil com, acreditem, Paulo Maluf como candidato da Arena a presidência da república.

Em 1980, o presidente General João Figueiredo, deu uma afrouxada no regime militar. Entre outras coisas permitiu a volta dos exilados e autorizou a criação de partidos políticos. Com isso Arena e MDB foram extintos e deram origem ao PDS e PMDB respectivamente.
Para a eleição do sucessor de Figueiredo houve uma grande disputa para a indicação do candidato do PDS, imaginava-se, por motivos óbvios, que o indicado do PDS já poderia se considerar eleito. A briga era entre Paulo Maluf e... José Sarney Sim! Sarney era, já na época, amigo de infância de quem estivesse no poder. Ganhou Maluf, que já colecionava processos e o ódio até mesmo de políticos tão corruptos quanto ele, e provocou um racha no PDS: os amigos de Sarney criaram uma corrente chamada de Frente Liberal, que viria a ser mais tarde o Partido da Frente Liberal – PFL.
O PMDB escolheu Tancredo Neves para candidato e a Frente Liberal indicou o vice: José Sarney.
A dissidência do PDS foi decisiva e em 15 de Janeiro 1985 o Brasil, ou melhor, o colégio eleitoral, elegeu não só o primeiro presidente civil em 25 anos, mas um presidente de oposição.
Houvesse internet na época – não havia nem computador pessoal e um equipamento com a capacidade deste que você está usando agora ocupava uma sala inteira - seriam criadas diversas teorias da conspiração*: Na véspera da posse, Tancredo Neves foi internado, o vice assumiu (aceitaríamos qualquer coisa para ver os militares fora do poder), o primeiro presidente civil em 25 anos faleceu em 21 de Abril e José Sarney passou a ser o presidente do Brasil. Aquele que serviu a ditadura durante todo o regime militar e só saiu do partido do governo porque não foi indicado, passou a ser o dono do poder e não largou o osso até hoje. Na eleição do primeiro presidente por voto direto lá estava o seu indicado como vice e a história se repetiu, bom, isso já é outra história.

*Esta não é a única explicação para não haver nenhuma teoria conspiratória sobre a morte de Tancredo, afinal, não existe nenhuma teoria da conspiração sobre fatos ocorridos durante o regime militar e, só para complicar um pouco, os próprios militares não gostaram da idéia de escolher Maluf candidato e talvez, só talvez, acharam uma forma de eleger Sarney e, ao mesmo tempo, homenagear Tancredo:
Devido às complicações cirúrgicas ocorridas - para o que concorreram as péssimas condições ambientais do Hospital de Base do Distrito Federal, que estava com a Unidade de Tratamento Intensivo demolida, em obras -, o estado de saúde se agravou, e teve de ser transferido em 26 de março para o Hospital das Clínicas de São Paulo. Durante todo o período em que ficou internado, Tancredo sofreu sete cirurgias. No entanto, em 21 de abril (na mesma data da morte de Tiradentes), Tancredo faleceu vítima de infecção generalizada, aos 75 anos.
Na época, havia rumores que Tancredo já havia morrido há dias e sua morte não era anunciada a espera de se resolverem os problemas políticos resultantes da formação do novo governo presidido por José Sarney e para a data da morte coincidir com a data da morte de Tiradentes.Wikipedia