terça-feira, 21 de junho de 2022

Programa do Boca Braba 8ª Tropeada - De Gaúchos e Cavalos

 

Buenas Indiada! Estamos chegando para mais um programa do Boca Braba.

Quero mandar um quebra-costela bem chinchado pra gauchada que está na escuta do programa, rogando ao Patrão da Estância Eterna que abençoe a todos.

A tropeada de hoje é sobre Gaúchos e Cavalos. Vamos prosear um pouco sobre esse parceiro da gauchada.


Bueno, como de costume, o programa do Boca Braba começa com o nosso hino e uma oração:

Vamos ouvir, então, à execução do Hino Riograndense com a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre e seu Coro Sinfônico e depois, na voz de Omair Trindade, de autoria de Dom Luís Felipe de Nadal, Prece do Gaúcho.

Quero agradecer aos apoiadores do Programa do Boca Braba: O Clube do Mel e a Nathus Brasil, duas empresas comprometidas com a saúde e o bem estar da gauchada. E agora temos um novo apoiador que é a empresa Caldo Bom da cidade de Campo Largo no Paraná. É bem provável que tu já conheças o feijão Caldo Bom, porém a empresa produz e comercializa diversos cereais, farinhas, farofas e acompanhamentos para o teu churrasco, e tu podes comprar os produtos Caldo Bom diretamente da indústria no site da empresa, se tu tens um comércio, podes revender os produtos Caldo Bom com uma boa margem de lucro. Para conhecer melhor a empresa clique aqui e tú terás acesso a um cupom que te dá até 15% de desconto na primeira compra.

Pois, De Gaúchos e Cavalos é o tema de hoje do Programa do Boca Braba.

Quem assiste a um rodeio ou gineteada, quem teve a oportunidade de assistir a uma prova do Freio de Ouro, ou até mesmo pra quem assiste aos filmes antigos de caubóis, imagina que o cavalo sempre existiu nas américas. Mas a história não é bem assim. Antes da invasão européia ao continente americano, não existiam cavalos, nem aqui, nem na américa do norte.
O Cavalo chegou na américa pela mão de Cristóvão colombo, em 1493, na região que hoje conhecemos como República Dominicana. Aqui nas nossas terras, foi trazido pelo aventureiro espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca logo após o descobrimento do Brasil, e, mais tarde, lá por 1634, pelos padres jesuítas Cristóvão de Mendonça e Pedro Romero.
Em ambos os casos, aqui e na américa do Norte, os cavalos que escapavam das comitivas dos colonizadores, se criavam livres, e formavam manadas de cavalos chucros e baguais.
E aqui na pampa gaúcha, as duras condições do clima forjaram uma raça extremamente resistente. Foi assim que surgiu o Cavalo Crioulo, uma raça genuinamente gaúcha.

 

Programa do Boca Braba 8ª Tropeada – Bloco 2

 

Programa do Boca Braba. A cultura gaúcha com opinião. Tamo de volta com esta tropeada do boca braba, hoje falando sobre Gaúchos e Cavalos.

O Cavalo da raça Crioula são descendentes dos animais de sangue Andaluz e Bérbere. Raças Espanholas que, por sua vez, se originaram de raças árabes.

Assim como os cavalos da raça Mustangue norte-americana, os animais que deram origem à raça Crioula eram caçados e domados tanto pelos índios, quanto pelos estancieiros.

 

A forma de domar os cavalos chucros, utilizadas pelos índios charruas e pelos primeiros gaúchos, consistia em aplicar beliscões em determinadas partes do animal para tirar as coscas e depois montar até que o potro se acostumasse com o ginete. Falando assim parece fácil, mas é claro que eu resumi bastante, porque a doma é uma ciência e carece de muitos anos de teoria e, principalmente prática, para se formar um verdadeiro domador. Mas a verdade é que a doma tradicional existe a mais de 400 anos e é praticada até hoje, mais ou menos da mesma forma. Se tu fores numa gineteada poderás ver um pouco do que é essa arte de domar cavalo chucro.
É claro que hoje em dia existe a tal da doma racional, mas eu não vou entrar nessa peleia, vou deixar esse assunto para um próximo programa.

Este bloco tem o apoio cultural de Nathus Brasil.
A Nathus é uma loja de produtos naturais em capsulas, onde tu podes encontrar suplementos alimentares de ótima qualidade para o teu bem estar.

Programa do Boca Braba 8ª Tropeada – Bloco 3

 

Programa do Boca Braba. A cultura gaúcha com opinião. Tamo de volta com a nossa tropeada falando sobre Gaúchos e Cavalos.

E se falar de cavalo, tem que falar sobre as pelagens, que é o nome que se dá à cor dos pelos do cavalo e que se torna até um segundo nome do animal.

O assunto é tão extenso e controverso, que acho até que vou fazer uma edição do programa do Boca Braba só pra falar sobre pelagens. Por enquanto vamos falar de algumas, só pra não passar em branco.

Mas antes, vamos ouvir o saudoso José Cláudio Machado:

Então vamos, pela ordem, tentar explicar algumas pelagens citadas pelo Zé Cláudio na sua composição:

BAIO: Marrom fraco. Existem ainda as variações, são elas: baio cabos negros, com pernas, crina e cola pretas; baio encerado, Marrom forte e manchas arredondadas e levemente mais escuras; baio cebruno, Marrom forte e argolas pretas nas quatro patas e, por fim, baio ruano, Marrom fraco, com crina e cola brancas;

DOURADILHO: vermelho bem claro, que brilha quando exposto ao sol;

TUBIANO: faixas largas e bem definidas, brancas e vermelhas ou brancas e pretas, em geral dispostas verticalmente;

ALAZÃO: vermelho-claro alaranjado;

TORDILHO: fundo branco com pintas levemente mais escuras de um branco acizentado. Ainda tem a versão tordilho negro, que é fundo branco com pintas de um preto desmaiado e tordilho vinagre, que é o fundo branco sob pintas marrons;

LOBUNO: cinza;

ZAINO: marrom escuro. Que tem algumas variações, entre elas o Zaino negro, quase preto;

Cabe ressaltar, que eu citei apenas algumas das centenas de pelagens que existem, e mesmo estas, tem interpretações e pronúncias que variam dependendo da região da nossa pátria gaucha.

Vamos pealar a Payada de hoje com Afonso Leal e Eron Vaz Matos:

O Programa do Boca Braba tem o apoio cultural do Clube do Mel.

Programa do Boca Braba 8ª Tropeada – Bloco 4


Programa do Boca Braba. A cultura gaúcha com opinião.

A nossa tropeada, está quase chegando ao seu destino e tá na hora de chamar a patacuada, que hoje é por conta do Airton Pimentel:

Bueno, tudo nessa vida tem um fim, e o companheiro do gaúcho não vive pra sempre, mas como diz Gujo Teixeira, Cavalo Bom vai pro Céu:

O quadro da Fina Flor da Grossura fica por conta de Xirú Missioneiro:

Estamos chegando ao final da nossa tropeada esperando que os amigos e amigas tenham gostado do nosso programa e pedindo ao Patrão Velho das Alturas que nos de força e saúde para estarmos todos aqui novamente na próxima semana.

Apoio Cultural: