"Me chamam de Boca Braba, mas eu, nem brabo não fico / Não desfaço quem é pobre nem adulo quem é rico / Quando gosto eu elogio, quando não gosto critico / E onde tem 'galo cantando', eu vou lá e quebro-lhe o bico." João de Almeida Neto
A tropeada de hoje é sobre o politicamente incorreto.
Vamos falar sobre aquilo que tu podes ou não dizer e fazer e quem determina isso.
Mas antes, como de costume, vamos executar o hino riograndense e ouvir aquela oração em forma de canção.
O assunto hoje é o politicamente incorreto, e pra que possamos falar todos no mesmo assunto é preciso definir o que é politicamente correto.
Segundo os estudiosos clássicos, a expressão politicamente correto é utilizada como um título para classificar algo ou alguém que segue as normas e leis estabelecidas por uma instituição oficial. Um indivíduo politicamente correto obedece aos padrões da ética e da moral, convencionados em determinada sociedade. Porém, ultimamente o termo passou a ter um significado um pouco diferente: Para os entendidos de hoje em dia, o termo politicamente correto é usado para descrever expressões, políticas ou ações que evitam ofender, excluir e/ou marginalizar grupos de pessoas que são vistos como desfavorecidos ou discriminados, especialmente grupos definidos por gênero, orientação sexual ou cor da pele.
Então vamos empezar a lida com algumas composições que, segundo a definição mais moderna, são politicamente incorretas.
Todas as composições acima, segundo as interpretações modernas, deveriam ser banidas do cancioneiro gaúcho. Ainda bem que por estas bandas não tem estas frescuras.
O Programa do Boca Braba tá de volta, hoje falando sobre o politicamente incorreto.
De uns tempos pra cá, ficou cada vez mais difícil o sujeito expressar sua opinião por conta da patrulha daqueles que se auto intitulam defensores das minorias.
No próximo bloco, no quadro Chasque do Boca Braba vamos desenvolver melhor o assunto, por enquanto, vamos com mais músicas que poderiam, segundo a definição mais recente , ser consideradas politicamente incorretas.
Este bloco tem o apoio cultural de Nathus Brasil. A Nathus é uma loja de produtos naturais em capsulas, onde tu podes encontrar suplementos alimentares de ótima qualidade para o teu bem estar.
E seguindo, no tema, vamos chamar a payada de hoje com José Machado Leal.
Tamo de volta com a nossa tropeada, desta feita apresentando o Chasque do Boca Braba, o momento em que este tocador de rádio deixa sua mensagem franca e sincera.
Como vimos nos blocos anteriores, o conceito de politicamente correto teve seu significado alterado, nos últimos tempos, para contemplar pessoas ou iniciativas que defendem as minorias ou determinados grupos, dividindo os cidadãos de acordo como o gênero, cor da pele ou opção sexual.
Para início de conversa é preciso definir alguns aspectos. Primeiro: Racismo não existe, o que existe são pessoas racistas. Gênero são masculino e feminino, as variações que existem não tem a ver com gênero e sim com opções sexuais, e isso pertence a individualidade de cada um. Assim como a cor da pele, a opção sexual não deveria ser motivo para prejudicar ou beneficiar quem quer que seja.
Se alguém se sentir prejudicado ou ofendido em razão de sua condição, que procure a justiça, pois existem leis suficientes para enquadrar qualquer tipo de ofensa ou discriminação. Agora, criar cotas para beneficiar determinados grupos em razão de um pretenso prejuízo que houve a mais de cem anos ou uma situação criada por uma opção do indivíduo, é um exagero. Seria muito mais justo criar mecanismos para auxiliar aqueles que estão à margem da sociedade, independente da cor, sexo ou religião. Quanto a educar a população para que não haja nenhum tipo de discriminação, sou totalmente a favor, só que tem que valer pra todo mundo e não só praqueles que rezam pela cartilha desses grupelhos. Se é que você me entende.
A Internet é realmente impressionante, tu já percebeu que quando faz uma pesquisa sobre determinado artigo, imediatamente começa a receber anúncios deste produto, as vezes basta conversar sobre algum interesse e já começa a aparecer propaganda sobre o tema. São ferramentas das redes sociais programadas para vender aquilo que, provavelmente, tu estás querendo comprar. Mas as outras vezes parece que basta pensar, pois eu estava escrevendo o texto acima e, ao dar uma olhada no facebokl me deparei com um texto que ilustra exatamente o pensamento deste tocador de rádio, e eu vou pedir permisso e transcrever pra vocês:
Quem tiver menos de 30 anos pede pro pai ou o avô explicar.
No País do MI-MI-MI-MI e do VITIMISMO de agora, EU Cresci vendo uma transexual ser padrão de beleza feminina e capa de revista masculina (Roberta Close). Cresci vendo um Gay, com roupas não ortodoxas, ser um dos maiores cantores e voz do Brasil (Ney Matogrosso). Aliás, por falar em música, cresci tendo ídolos gays na música, como Cazuza e Renato Russo, Bethânia, Marina e muitos outros. Quase todos meus ídolos do esporte são negros. Cresci vendo um negro como maior ídolo deste país (Pelé) e uma das figuras mais populares do Mundo. Testemunhei um cantor gago, ex-garçom, se tornar a voz romântica mais famosa desse país (Nelson Gonçalves). Por falar em Nelson, vi um outro, anão, fazer tanto sucesso quanto (Nelson Ned). Eu cresci vendo dois homens gordos, zoando suas próprias gorduras e se tornando dois dos maiores apresentadores e mais bem pagos do país (Faustão e Jô Soares). Cresci vendo um homossexual extremamente requintado, inteligente, com programas para a família brasileira ser amado por muitos e ainda ter virado um dos políticos mais bem votados deste país (Clodovil), explicando que a sexualidade é um direito de cada um, e que isso não tem nada a ver com o seu valor enquanto Ser humano. CRESCI OUVINDO MÚSICAS COMO A DO CHACRINHA QUE DIZIA: MARIA SAPATÃO E DE CHICO BUARQUE: JOGA PEDRA NA GENI. Cresci vendo que a melhor maneira de defender seus direitos é abertamente, SEM VITIMISMO, expressando-os de forma educada e inteligente. Eu cresci entendendo que preconceitos significam estupidez, pois toda a minha formação se deu com bons exemplos de representantes, de todas as classes, em um país que normalizou a presença de todos em programas de televisão, onde tudo era discutido sem qualquer pudor. Cresci entendendo de verdade o que era *liberdade de expressão*. Infelizmente, hoje, com esse mi-mi-mi chato pra caramba, não temos mais liberdade de expressão. Tudo que citei, antes normal, hoje seria execrado por essa nova sociedade chata para caramba e VITIMISTA!! Essa dita “resistência” do politicamente correto luta contra “monstros” e "rótulos" que ela mesma criou. Tudo vem sendo conotado como proibido e preconceituoso, ou politicamente incorreto. *Geração chata e VITIMISTA!!* *Queremos o nosso bom Brasil de volta.*” Autor: Todos com mais de 40 anos que realmente viveram livres e felizes!
Mas essa classe de mimizentos não se limita só ao politicamente correto, na pampa gaúcha também tem os fiscais do campeiramente correto, aqueles que querem determinar o que pode e o que não pode no gauchismo, como se nossa cultura não fosse forte o suficiente para conviver com o modernismo. Pra esses vou chamar um taura pra dar sua opinião em forma de música e aproveitando para chamar o quadro das patacuadas: Xirú Missioneiro:
Comentário de Mauro Moraes: "Gravação do Galpão Nativo Especial de Lançamento do CD DE BOTA E BOMBACHA com Luiz Marenco e José Cláudio Machado na TVE apresentado pelo Glênio Fagundes comigo ao violão e o músico Edilberto Bérgamo coisa muito rara que guardei por anos a fio e só agora consegui repartir com meus amigos e amigas...Aqui o Zé canta Milonga Abaixo de Mau Tempo"
Estamos chegando ao final da nossa tropeada esperando que a gauchada tenha gostado do programa e pedindo ao Patrão da estância eterna que nos de força e saúde para estarmos todos aqui novamente na próxima semana