quinta-feira, 16 de junho de 2022

Programa do Boca Braba 4ª Tropeada Bloco 3

 

Tamo de volta com a nossa tropeada, desta feita apresentando o Chasque do Boca Braba, o momento em que este tocador de rádio deixa sua mensagem franca e sincera.

Mas antes quero mandar um quebra-costelas muito especial ao meu Pai Lair Guedes, aquerenciado lá na cidade de Nonoai. Domador de Mulas, Mecânico de mão cheia, capataz de fazenda, hoje curtindo sua merecida aposentadoria e contando uns causos que vamos mostrar aqui no programa oportunamente, por exemplo, quando eu fui submetido a uma cirurgia cardíaca e não foi preciso circulação extracorpórea, isto é, o doutor fez a operação com o coração batendo, eu perguntei pra ele: O Senhor, que eu sou do tempo antigo e chamo meu pai de senhor, o senhor que é mecânico, alguma vez já reformou um motor sem desligar o veículo. E ele me respondeu: pois uma vês um alemão chegou lá na oficina... bueno, estas e outras histórias eu vou contar pra vocês, despacito no más, por enquanto vamos ouvir duas marcas que ele gosta muito:

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Ouvimos com Wilson Pain, um Pito, composição de Nenito Sarturi, Nelcy Vargas e Claudio Patias, e depois João luis Correa, de Miguel Marques, Ainda existe um lugar.

Se tu queres entrar em contato com o Boca Braba, mandar teu chasque, tua opinião ou pedir música, manda tua mensagem no chasqueiro do sítio ou na página do programa no facebook.com/programadobocabraba.

O Programa é gravado, mas se teu chasque chegar a tempo, eu respondo no próximo programa.

No más que entonces, no ano de 2020 a peste chinesa chegou aqui no Brasil e, como tudo que é assunto importante atualmente, foi transformada em briga política, com cada um puxando a brasa pro seu assado. Parece que a saúde do povo é menos importante que meter a mão nas verbas públicas. Só parece né? eu não tô afirmando nada. E a pandemia virou um a nova indústria da seca.

No meio da crise, o Supremo determinou que os Governadores e Prefeitos poderiam tomar medidas diferentes daquelas determinadas pelo Governo Federal. Se o Presidente, por exemplo, determinasse que todos ficassem em casa, os Governador poderia liberar alguns setores e o prefeito poderia incluir outros. Na prática, e aí está o problema da militância política do judiciário, o Governo Federal ficaria como o malvado, e os Prefeitos e Governadores como bonzinhos. De outro lado, o Presidente ficou isento de tomar medidas impopulares com a justificativa de que o STF havia transferido a responsabilidade para os estados e municípios.
Curiosamente, para surpresa de zero pessoas, foi criada uma CPI para investigar os atos da Presidência, mas não temos notícias de investigação sobre os desvios de verbas por Governadores e Prefeitos.
E olha que foram bilhões de reais enviados para os Estados e Municípios. Sem contar o tal de auxílio emergencial.
E é exatamente sobre o tal auxílio, que eu quero falar.
Não tenho nada contra ajudar aqueles que foram prejudicados pela pandemia, o problema é a forma como foi feita e uma constatação estarrecedora.
Então vamos lá: O problema é distribuir dinheiro indiscriminadamente com o argumento que não há como identificar quem foi realmente prejudicado, então, o auxilio vai pra quem comprovar não ter renda. E como se comprova isso? Identificando quem não recolhe imposto, simples. Tu podes ganhar 1 milhão por mês, mas se não recolhe nenhum imposto, comprova que não tem renda. É claro que a grande maioria dos beneficiados são pessoas que realmente não tem nenhuma remuneração, e é aí que quero chegar.
Veja bem: é uma questão de matemática: O Brasil tem 220 milhões de habitantes, 50 milhões são aposentados, outros 50 milhões são menores de 16 anos e não podem trabalhar, a menos que seja filho de artista ou apontador do tráfico, aí pode. Restam 120 milhões de população economicamente ativa. Pasmem! 60 milhões foram beneficiados como auxílio emergencial. Isso significa que metade da população economicamente ativa do Brasil não recolhe nenhum tipo de imposto. Significa também que tu que recolhes teus impostos religiosamente, sustenta duas famílias: a tua e a de um destes 60 milhões.

Em 1792, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes foi enforcado por se rebelar contra a Corte portuguesa por extorquir um quinto de tudo o que era produzido no brasil, daí a expressão quinto dos infernos. Um quinto significa 20 por cento.

Em 1835, nossos heróis iniciaram a Revolução Farroupilha, por não concordar, entre outras coisas, com os exorbitantes 20% de impostos cobrados sobre o charque e o couro.

Pois nosso impostos hoje chegam a 50%, em média. Se nossos governantes roubassem menos, administrassem melhor as verbas e cobrassem de todos, talvez esse imposto pudesse voltar a ser só 20 por cento. E nós pagaríamos apenas o quinto dos infernos.

O Programa do Boca Braba tem o apoio cultural do Clube do Mel.

O Clube do Mel nasceu de uma paixão antiga de Liliana Rossi pelas abelhas. Coisa de família.
Seu avô estuda este universo há anos e sempre transmitiu para todos, de maneira muito encantadora, as maravilhas das pequenas polinizadoras.
Liliana cresceu  imersa em um cenário de apaixonados por abelhas e acabou se tornando um deles.
E, assim, nasceu o Clube do Mel! Da vontade de unir o melhor desse universo em um único local e de querer levar ao público produtos de qualidade e informação confiável e embasada.
Aqui tu tens uma oferta exclusiva do Clube do Mel para os ouvintes do programa.

Bueno, chega de assunto sério, vamos ouvir a patacuada de hoje que é em forma de canção com os Discocuecas: (Gracias ao Canal do Gustavo Frederico)