Buenas Indiada! Estamos chegando para mais um programa do Boca Braba.
Quero mandar um quebra-costela de três volta e meia desejando que meu chasque encontre a todos com muita saúde e que o Patrão Eterno derrame suas bênçãos sobre todos nós.
A tropeada de hoje é sobre os Tronqueiras do Rio Grande, aqueles pioneiros que ajudaram a catalogar e difundir nossos costumes, cantigas, danças e lendas, aos quais agradecemos por poder hoje celebrar e viver a verdadeira tradição o Rio Grande do Sul.
Na verdade vamos falar de alguns, pois são tantos os que contribuíram para a tradição gaúcha que serão preciso vários programas pra falar de todos.
Como de costume, nosso programa começa com o Hino Rio-grandense e uma oração em forma de canção, hoje na vós de Luiz Marenco:
Bueno, como já falamos no programa passado, a história do povo gaúcho começou bem antes da Revolução Farropilha, mas foi só no século passado, lá por volta de 1940, talvez pela popularização do rádio e do disco, que a nossa cultura começou a ser catalogada e difundida. O que antes eram danças e cantigas, contos e lendas, transmitidas oralmente de geração em geração, passaram a ser registradas e difundidas pelas mãos, e principalmente pela vós, desses que hoje cultuamos como verdadeiros heróis da tradição gaúcha.
Pra quem não sabe, Tronqueira , segundo o nosso linguajar, refere-se as estacas grossas que sustentam os alambrados, pode ser chamado também de mourão, e apesar de existir o termo tronqueiro, é mais comum usarmos o termo tronqueira pra definir o sujeito que sustenta algo com sua própria força. Por isso chamamos nossos velhos tradicionalistas de Tronqueiras do Rio Grande.
Percebam que temos a impressão que o Mano Lima fala em tranqueira na música. Mas na verdade ele fala tronqueira, é só a pronuncia mesmo...
...Tranqueira é, em resumo, um obstáculo e é usado pejorativamente para indicar o sujeito maula que só estorva.