Imagem: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/tratado-de-tordesilhas.htm
Buenas Indiada! Estamos chegando para mais um programa do Boca Braba. Quero agradecer a parceria e mandar um quebra-costela do tamanho do garrão do Brasil pra esta gauchada macanuda e pedir permisso ao Patrão Eterno, rogando a Ele que abençoe a todos.
Bamo empezar a lida, como de costume, com o nosso hino e uma oração:
Hoje falaremos sobre Fronteira.
As linhas que marcam os limites do nosso estado nação começaram a ser definidas bem antes da formação do povo gaúcho, antes inclusive do descobrimento do Brasil. Em 7 de junho de 1494, um ano e meio após a descoberta da américa por Cristovam Colombo, e quase seis anos antes da descoberta do Brasil, foi assinado, entre Portugal e Espanha, o Tratado de Tordesilhas, que estabelecia a divisão entre estes dois reinos, das terras descobertas e a descobrir. Por este tratado, o território que hoje forma o Rio Grande do Sul, pertenceria à Espanha.
Interessante verificar que o pais que hoje chamamos de Espanha, na época era conhecido como Coroa de Castela, razão pela qual até hoje chamamos os hermanos de língua espanhola de Castelhanos.
Falamos à pouco sobre o Tratado de Tordesilhas e tu deves estar te perguntando porque que este tocador de rádio voltou 500 anos no tempo pra falar sobre Fronteira. Acontece que o Tratado de Tordesilhas permitiu que a Companhia de Jesus, ordem religiosa fundada por Santo Inácio de Loyola em 1534, estabelecesse as missões jesuíticas com a proteção do Reino de Espanha. Até o ano de 1750, quando o Tratado de Madri determinou que as terras pertenceriam à Portugal, os jesuítas criaram dezenas de reduções, onde evangelizaram os índios e fundaram vilas que hoje são importantes cidades gaúchas, uruguaias e argentinas. A miscigenação entre espanhóis e índios deu origem a raça gaúcha, e a dissolução da Companhia de Jesus em 1773, ajudou a determinar as fronteiras do nosso estado.
Ouvimos, Mano Lima, do Álbum Troveiro do MBorore, De São Miguel à Mercedes.
Seguimos a Tropeada com Shana Muller, Relíquia de Um Fronteiriço, música de Zeca Alves, Érlon Péricles e Ângelo Franco, e depois, Neto Fagundes, Castelhana, Composição de Elton Saldanha e Rui Biriva:
E enquanto eu encilho o mate, vamos a uma pequena pausa para os apoiadores locais e eu aproveito, como sempre, pra te pedir que visite os apoiadores do programa. Assim tú estarás contribuindo para este projeto de valorização da cultura gaúcha.