O tema da tropeada de hoje é a República Rio-Grandense.
Vamos falar um pouco sobre a história da nossa pátria e imaginar como seria hoje o nosso país sul rio-grandense se não tivéssemos assinado o tratado do poncho verde.
Mas antes, como sempre, vamos ouvir nosso hino e uma oração.
O Programa do Boca Braba tem o apoio cultural do Caldo Bom.
Todo o gaúcho sabe que no dia 20 de Setembro é comemorada a Revolução Farroupilha e muitos acreditam ser esta a data da proclamação da nossa República - afinal está no nosso hino "...foi o vinte de setembro, o precursor da liberdade...", e inclusive esta data consta no nosso brasão, mas a verdade é que a República Rio-Grandense foi declarada no dia 11 de Setembro de 1836.
Enquanto o líder, general Bento Gonçalves, concentrava-se em ações militares próximo a Porto Alegre, o General Antônio de Sousa Neto, comandante da 1ª Brigada Ligeira de Cavalaria do Exército Liberal, travava uma batalha contra forças imperiais, próximo ao Arroio Seival, em Bagé, que acabou em redundante vitória. A batalha ficou conhecida como Batalha do Seival e ensejou que Neto estabelecesse naquele momento a proclamação da República Rio-grandense. Mesmo sem o conhecimento de Bento Gonçalves, Neto e seus pares, resolveram separar a Província de São Pedro do resto do Império do Brasil e proclamá-la uma nação republicana independente. Bento Gonçalves seria informado e aclamado presidente, posteriormente.
Mas, e o 20 de Setembro? Bueno, o 20 de Setembro se refere a um acontecimento ocorrido quase um ano antes. 20 de Setembro de 1835, quando houve a tomada de Porto Alegre pelas tropas liberais, lideradas por Bento Gonçalves e cujo objetivo era destituir o presidente da província Antônio Rodrigues Fernandes Braga. Este ato deu início a revolução farroupilha que culminaria com a criação da república rio-grandense em 11 se Setembro do ano seguinte.