Eu gosto de contar estórias antigas. Também gosto de comparar os episódios atuais com os passados. Deve ser coisa da idade. Então vamos lá: vou fazer as duas coisas num post só.
Foi no ano de 1990, eu estava em Porto Alegre a serviço e soube que Leonel Brizola estava no aeroporto Salgado Filho retornando ao Rio de Janeiro depois de votar no primeiro turno da eleição presidencial, a qual perdera - Lulla e Collor passaram ao segundo turno. Alguns colegas, entre eles um brisolista fanático, me convenceram a ir ao aeroporto cumprimentar o caudilho. Nunca simpatizei muito com o homem, mas era um gaúcho famoso e não custava nada dar um quebra costela no vivente, lá fomos nós.
Lembro com se fosse hoje o semblante alegre do velho, nos recebeu como amigos, e eu, fingindo ser brizolista lasquei: - Não deu né Doutor? E ele, olhando dentro dos meus olhos respondeu: As vezes, perdendo também se ganha, guri!
Só fui entender a resposta dois anos depois, quando, no episódio do impiche do Caçador de Marajás, Brizola ficou ao lado de Collor.
E porque Brizola foi um dos poucos políticos a defender Collor naquele momento? Porque ainda almejava ser presidente do Brasil, e temia que fizessem com ele o que fizeram com Collor.
Mais ou menos o que está acontecendo agora, quando alguns países do sul do mundo - casualemente aqueles com aspirantes a ditadores no comando - tentam intervir num país soberano, que destituiu seu presidente seguindo os trâmites constitucionais. Se a moda pega, não vai sobrar nenhum tiranete pra contar a história. Alias, nestes mesmos países não faltam motivos nem artigos constitucionais para depor seus atuais mandaletes. O que falta é oposição, e como diria Collor nos bons tempos: falta bago roxo.
"Me chamam de Boca Braba, mas eu, nem brabo não fico / Não desfaço quem é pobre nem adulo quem é rico / Quando gosto eu elogio, quando não gosto critico / E onde tem 'galo cantando', eu vou lá e quebro-lhe o bico." João de Almeida Neto
segunda-feira, 25 de junho de 2012
quinta-feira, 7 de junho de 2012
Brasil. O País da Corrupção.
No início deste blog, há três anos, prometi fazer uma compilação dos casos de corrupção no Brasil pós ditadura - já que durante a redentora a censura comprometeu o registro dos casos. Confesso que outros afazeres me impediram de cumprir a promessa. Mais uma vez a revista Veja me ajudou e fez um catálogo dos principais casos de corrupção desde a era $arney.
É interessante verificar o crescimento exponencial da corrupção: durante a era $arney/Itamar os casos se limitavam a um ou dois por ano, número que persistiu na era Collor, com uma menção (des)onrosa ao impiche do Caçador de Marajás, na era FHC a média chegou a dois por ano, sob o comando de Lulla os casos chegarm a 28 ( média de 3,5 por ano) e Dilmá promete quebrar o record de seu antecessormentor, em um ano e meio de governo já são 9 casos. Estamos falando apenas dos casos grandes pois a maracutaia é tanta que roubo de menos de cem mil dólares nem merece citação.
Outra questão interessante é que os corruptos não respeitam siglas nem opção política, estão espalhados por todos os partidos e em todos os escalões dos governos, com destaque para os antigos guerriheiros que queriam implantar aquela outra ditadura e que hoje estão firmes principalmente no PT e PSDB.
Mas o que mercece destaque mesmo é a quase total impunidade dos protagonistas. Com exceção de alguns peixes pequenos, ninguém está vendo o sol nascer quadrado, e a maioria continua atuando firme na polititica nacional, mamando na teta da viúva e maquinando novas tramóias.
É interessante verificar o crescimento exponencial da corrupção: durante a era $arney/Itamar os casos se limitavam a um ou dois por ano, número que persistiu na era Collor, com uma menção (des)onrosa ao impiche do Caçador de Marajás, na era FHC a média chegou a dois por ano, sob o comando de Lulla os casos chegarm a 28 ( média de 3,5 por ano) e Dilmá promete quebrar o record de seu antecessormentor, em um ano e meio de governo já são 9 casos. Estamos falando apenas dos casos grandes pois a maracutaia é tanta que roubo de menos de cem mil dólares nem merece citação.
Outra questão interessante é que os corruptos não respeitam siglas nem opção política, estão espalhados por todos os partidos e em todos os escalões dos governos, com destaque para os antigos guerriheiros que queriam implantar aquela outra ditadura e que hoje estão firmes principalmente no PT e PSDB.
Mas o que mercece destaque mesmo é a quase total impunidade dos protagonistas. Com exceção de alguns peixes pequenos, ninguém está vendo o sol nascer quadrado, e a maioria continua atuando firme na polititica nacional, mamando na teta da viúva e maquinando novas tramóias.
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