E Lula responde: - No princípio havia só trevas, então eu disse: FAÇA-SE A LUZ!!!
lembrei desta piada velha ao ver este post de Reinaldo Azevedo:
LULA, O DOSSIÊ E UMA FALA TERRORISTA
terça-feira, 8 de junho de 2010 | 21:20"Eu não falo disso porque a matéria que falou do dossiê é uma coisa tão absurda que, se algum de vocês parasse 30 segundos para ler, vocês falariam: 'É mais uma armação que está em jogo (…)'. Quem está nervoso, quem está irritado, quem está preocupado que fique preocupado. Eu estou preocupado em governar o Brasil até o dia 31 de dezembro".
São palavras do companheiro Luiz Inácio Lula da Silva. O que vale a declaração de Lula em casos assim? É aquele que hoje nega a existência do mensalão — segundo ele, uma armação da oposição para derrubá-lo — e que classificou de "aloprados" os petistas que participaram da tramóia de 2006. Quase todos aqueles "aloprados" tinham vínculos pessoais com ele próprio, a começar de um segurança seu. Se Lula entrou na história, é porque a coisa começou a pesar. Resolveu pôr a sua credibilidade para tentar mandar mais uma tramóia para debaixo do tapete.
Ele está se referindo, evidentemente, à matéria publicada por VEJA. O que há de errado com ela, presidente? Não tivesse sido endossada pelos fatos, até eu ficaria em dúvida: afinal, os próprios petistas confirmaram tudo o que vai lá. À reportagem da revista, deve-se somar outra, publicada pelo Estadão: o jornal noticiou a participação, na reunião que discutiu a tramóia, de Idalberto de Araújo Matias, um ex-araponga da Aeronáutica. Luiz Lanzetta o chama de "Dadá".
A VEJA publicou ainda a entrevista com o ex-delegado Onézimo Souza em que ele informa algo ainda mais grave do que a tentativa de armar um dossiê: o pedido para que o candidato tucano à Presidência, José Serra, fosse grampeado. O caso salta do Código Penal para um crime que agride a Constituição. Onézimo confirmou tudo em nova entrevista à Folha e sugeriu que tem meios de provar o que diz: só aguarda Lanzetta ou Amaury Ribeiro Jr. processá-lo.
Atentem agora para este trecho da fala de Lula:
"Quem está nervoso, quem está irritado, quem está preocupado que fique preocupado."
É evidente que se trata de uma referência a Serra. Lula não emprega as palavras por acaso: pretende sugerir que o candidato tucano teria motivos para estar chateado. É uma alusão ao dossiê que seus aliados estavam traficando. As razões do outro para estar "nervoso" não se limitariam à canalhice mesma do papelório. Produziu uma fala típica do mais asqueroso terrorismo político.
"Quem está nervoso, quem está irritado, quem está preocupado que fique preocupado."
É evidente que se trata de uma referência a Serra. Lula não emprega as palavras por acaso: pretende sugerir que o candidato tucano teria motivos para estar chateado. É uma alusão ao dossiê que seus aliados estavam traficando. As razões do outro para estar "nervoso" não se limitariam à canalhice mesma do papelório. Produziu uma fala típica do mais asqueroso terrorismo político.
Lula percebeu que os petistas não estão dando conta do imbróglio em que se meteram e resolveu ajudar na certeza de que sua palavra é lei — inclusive quando estimula o desrespeito à lei — e de que lhe basta falar para que algo surja ou desapareça.
Por Reinaldo Azevedo