Buenas Indiada! O Programa do Boca Braba deste domingo homenageia o cantor, compositor e acordeonista Carlos Roberto Macedo Monteiro, através do seu primeiro LP "Mais ou Menos Deste Jeito" cujo sucesso "Crioulo do Pampas" deu origem ao seu nome artístico.
"Carlos Roberto Macedo Monteiro (São Gabriel, 1948 – Gravataí, 10 de janeiro de 2014), cantor regionalista do nativismo gaúcho, conhecido como Crioulo dos Pampas.
Monteiro era natural de São Gabriel e morava há anos em Gravataí. O cantor fez sucesso com várias composições, sendo a mais conhecida Nego bom não se mistura.
Nascido no Cerro do Ouro, Carlos era parceiro musical do saudoso Carlos Alberto Moreira em várias composições e foi um dos poucos cantores negros a fazer sucesso no nativismo, vindo da escola do repentismo.
Era conhecido pelas composições populares e voltadas ao regionalismo xucro.
Entre os maiores sucessos, estão as músicas Nego bom não se mistura, Clareando as Coisas, Canção dos Tropeiros e Botando pra Quebrar. O cantor compôs uma série de CDs e LPs.
Monteiro foi parceiro musical de Carlos Alberto Moreira em várias composições. Um dos poucos cantores negros a fazer sucesso no nativismo, ele era conhecido pelas composições populares e voltadas ao regionalismo xucro.
Monteiro morreu em 10 de janeiro de 2014, aos 66 anos, vítima de ataque cardíaco fulminante. Ele morava havia anos em Gravataí."
Fonte: Zero Hora – ANO 50 – TRIBUTO – N° 15.809 – 11/01/2014
"Um dos raros negros a obter sucesso na música regional do Rio Grande do Sul, o cantor e acordeonista Carlos Roberto Macedo Monteiro, conhecido como Crioulo dos Pampas, morreu no final da semana passada [10 de janeiro de 2014], aos 66 anos, devido a um ataque cardíaco.
Era conhecido pela música Nego Bom Não se Mistura, sobre a ascensão de um artista: "Eu nasci pra fazer versos/ Cresci fazendo aventura/ Já trabalhei no pesado/ Fui peão de prefeitura/ Quando comecei a cantar/ Tudo mudou de figura".
O nome artístico veio da canção Crioulo dos Pampas, que marcou sua carreira. Outros sucessos incluem Clareando as Coisas, Canção dos Tropeiros e Botando pra Quebrar. Crioulo foi criado na região de São Gabriel e estava há anos radicado em Gravataí, na Região Metropolitana. Deixou diversos discos gravados.
Sua trajetória marcou as gerações seguintes, como conta o músico César Oliveira, que forma dupla com Rogério Melo e também vem da região de São Gabriel:
- O Crioulo foi uma pessoa bem anterior ao nosso início musical. Foi uma referência. Estava entre aqueles músicos que deixaram uma grande herança, principalmente devido a sucessos inesquecíveis como Nego Bom Não se Mistura.
Oliveira chama a atenção para a autenticidade da figura de Crioulo dos Pampas:
- Ele era aquilo. Não estava caracterizado. Era um gaúcho nato. Convivi pouco com ele, mas esse tipo de pessoa que tem origem no campo é muito cordial, hospitaleira. Não era um artista forjado. Poucos são assim hoje. Infelizmente, esses artistas autênticos estão sendo esquecidos pela geração mais nova, pela juventude.
Também são poucos, hoje, os que tocam acordeom e cantam ao mesmo tempo, como observa Oliveira. O instrumento é uma tradição da região da Campanha, no Estado, lembra o músico:
- O gaiteiro tipicamente regional está difícil de se encontrar. Na Campanha, o gaiteiro podia animar um fandango sozinho.
O recado é claro: mais do que nunca, é hora de revisitar a obra de Crioulo dos Pampas."
Fonte: Site gauchazh
17/01/2014 - 13h38min