domingo, 28 de agosto de 2016

Tronqueras do Rio Grande II - Paixão Cortes

 
Crédito: https://pt.wikipedia.org/wiki/Paix%C3%A3o_C%C3%B4rtes

João Carlos D'Ávila Paixão Cortes nasceu em Santana do Livramento em 12 de Julho de 1927. Essa lenda viva do Rio Grande do Sul foi, junto com Barbosa Lessa e Glauco Saraiva, o responsável pela pesquisa e divulgação das tradições gaúchas.
As lendas, canções e danças gaúchas surgiram no século XVII com a chegada dos colonizadores europeus a região do pampa que pertenciam a Portugal e Espanha e hoje compreende, além do Rio Grande do Sul, Uruguai e parte do Paraguai e Argentina. Essas tradições foram transmitidas oralmente por décadas e foi só por volta de 1947 que começaram a ser catalogadas por Paixão Cortes junto com Glauco e Lessa.
Muitas das canções e danças gaúchas que hoje são apresentadas nas invernadas  artísticas dos CTGs provavelmente teriam se perdido não fosse a dedicação deste folclorista.
Em 1948 organizou o CTG 35 e em  1953 fundou o Conjunto Folclórico  Tropeiros da Tradição.


Algumas músicas resgatadas por eles foram gravadas por Inezita Barroso em 1956, o que colaborou para difundir a cultura gaúcha em todo o país e no exterior.


Paixão Cortes é Formado em Agronomia e além de folclorista é escritor e compositor tendo produzido diversas obras que foram divulgadas no Brasil e na Europa.


Em 1971 fez o papel de Pedro Terra no filme "Um Certo Capitão Rodrigo" baseado na obra de Érico Veríssimo "O Tempo e o Vento"


Paixão Cortes foi o modelo para a Estátua do Laçador, símbolo da cidade de Porto Alegre e em 2010 foi escolhido patrono da Feira do Livro da cidade.
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domingo, 21 de agosto de 2016

Empezando a Lida - Tronqueras do Rio Grande

Buenas Indiada. Bamo empezar a lida falando das origens da tradição gaúcha. Nossa homenagem hoje vai para um dos maiores símbolos da nossa cultura: Jayme Caetano Braun.

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Jayme Guilherme Caetano Braun (Timbaúva, 30 de janeiro de 1924 — Porto Alegre, 8 de julho de 1999) foi um renomado payador e poeta do Rio Grande do Sul, prestigiado também na Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia. Era conhecido como El Payador e por vezes utilizou os pseudônimos de Piraj, Martín Fierro, Chimango e Andarengo.




Biografia

Payador, poeta e radialista, Jayme Caetano Braun nasceu na Timbaúva (hoje Bossoroca), na época distrito de São Luiz Gonzaga, na Região das Missões no Rio Grande do Sul.

Durante sua carreira fez diversas payadas, poemas e canções, sempre ressaltando o Rio Grande do Sul, a vida campeira, os modos gaúchos e a natureza local.

Jayme sonhava em ser médico mas, tendo apenas o Ensino Médio, se tornou um autodidata principalmente nos assuntos da cultura sulina e remédios caseiros, pois afirmava que "todo missioneiro tem a obrigação de ser um curador".

Aos 16 anos mudou-se para Passo Fundo, onde viveria até os 19 anos. Na capital do Planalto Médio, Jayme completou seus estudos no Colégio Marista Conceição e serviu ao Exercito Brasileiro.

Jayme foi membro e co-fundador da Academia Nativista Estância da Poesia Crioula, grupo de poetas tradicionalistas que se reuniu no final dos anos 50, na capital gaúcha.

Trabalhou, publicando poemas, em jornais como O Interior e A noticia (de São Luiz Gonzaga). Passa dirigir em 1948 o programa radiofônico Galpão de Estância, em São Luiz Gonzaga e em 1973 passa a participar do programa semanal Brasil Grande do Sul, na Rádio Guaíba. Na capital, o primeiro jornal a publicar seus poemas foi o A Hora, que dedicava toda semana uma página em cores aos poemas de Jayme.

Como funcionário público trabalhou no Instituto de Pensões e Aposentadorias dos Servidores do Estado e ainda foi diretor da Biblioteca Pública do Estado de 1959 a 1963, aposentando-se em 1969. Na farmácia do IPASE era reconhecido pelo grande conhecimento que tinha dos remédios.
Hilton Araldi(idealizador do Memorial) ao lado de D. Bréa Ramos Braun(viúva de Jayme Caetano Braun) e Marcelo enteado de Jayme.Passo Fundo.

Em 1945 começa a atuar na política, participando em palanques de comício como payador. O poema O Petiço de São Borja, publicado em revistas e jornais do país, fala de Getúlio Vargas. Participa das campanhas de Ruy Ramos, com o poema O Mouro do Alegrete, como era conhecido o político e parente de Jayme. Foi Ruy Ramos, também ligado ao tradicionalismo, que lançou Jayme Caetano Braun como payador, no 1º Congresso de Tradicionalismo do Rio Grande do Sul, realizado em Santa Maria no ano de 1954.

Casou duas vezes, em 1947 com Nilda Jardim ,e em 1988 com Aurora de Souza Ramos. Teve três filhos, Marco Antônio e José Raimundo do primeiro casamento, e Cristiano do segundo.

Anos mais tarde participaria das campanhas de Leonel Brizola, João Goulart e Egidio Michaelsen e em 1962 concorreria a uma vaga na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul pelo PTB, ficando como suplente.[2]

Veio a falecer de parada cardíaca em 8 de julho de 1999, por volta das 6h, em Porto Alegre. Seu corpo foi velado no Palácio Piratini, sede do governo sul-riograndense, e enterrado no cemitério João XXIII, na capital do estado. Para o dia seguinte estava programado o lançamento de seu último disco Exitos 1.
Obra

Antes de escrever qualquer coisa sobre este icone do tradicionalismo gaúcho é importante grifar a importancia da influencia do poeta gaúcho que nasceu em Uruguaiana e que fincou raizes na região Sudoeste do Paraná, José Francisco dos Santos Silveira, o qual foi responsavel por incentivar o payador na produção de sua obra (SILVA, 1998, p. 13). Lançou diversos livros de poesias, como Galpão de Estância (1954), De fogão em fogão (1958), Potreiro de Guaxos (1965), Bota de Garrão (1966), Brasil Grande do Sul (1966), Passagens Perdidas (1966) e Pendão Farrapo (1978), alusivo à Revolução Farroupilha. Em 1990 lança Payador e Troveiro, e seis anos depois a antologia poética 50 Anos de Poesia, sua ultima obra escrita.

Publicou ainda um dicionário de regionalismos, Vocabulário Pampeano - Pátria, Fogões e Legendas, lançado em 1987.

Jaime também gravou CDs e discos, como Payador, Pampa, Guitarra, antológica obra em parceria com Noel Guarany. Sua ultima obra lançada em vida foi o disco Poemas Gaúchos, com sucessos como Payada da Saudade, Piazedo, Remorsos de Castrador, Cemitério de Campanha e Galo de Rinha.

Gravou, ainda, com Lúcio Yanel, Cenair Maicá e Luiz Marenco:
Agradecimentos à Luiz Jesus Aguiar de Souza

 

Entre seus poemas mais declamados pelos poetas regionalistas do país inteiro, destacam-se Bochincho, Tio Anastácio, Amargo, Paraíso Perdido, Payada a Mário Quintana, Payada para o Irmão Negro e Galo de Rinha.

Seu nome batiza ruas, praças e principalmente CTGs no Rio Grande do Sul e em todo o Brasil. É considerado o patrono do Movimento Pajadoril no Brasil.
Texto: Wikipedia
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domingo, 14 de agosto de 2016

Um Pito - Homenagem do Boca Braba no Dia Dos Pais

Estava listo a empezar a lida, pensava em mostra as origens do gauchismo. Fica para a próxima, por hoje, uma justa homenagem aos pais. 



Letra: Claudio Patias
Olha, guri, repara o que estás fazendo
Depois que fores, é difícil de voltar 
Passei-te um pito e continuas remoendo 
teu sonho moço deste rancho abandonar. 

Olha, guri, lá no povo é diferente 
E certamente faltará o que tens aqui 
Eu só te peço, não esqueças de tua gente 
De vez em quando, manda uma carta, guri. 

Refrão
Se vais embora, por favor não te detenhas
Sigas em frente e não olhes para trás
E assim não vais ver a lágrima insistente
Que molha o rosto do teu velho, meu rapaz. 
(2x)

Olha guri pra tua mãe, cabelos brancos 
E pra esse velho que te fala sem gritar
Pesa teus planos, eu quero que sejas franco
Se acaso fores, pega o zaino pra enfrenar. 

Olha guri, leva uns cobres de reserva
Pega uma erva pra cevar teu chimarrão 
E leva um charque para ver se tu conservas 
Uma pontinha de amor por este chão. 

Refrão
Se vais embora, por favor não te detenhas
Sigas em frente e não olhes para trás
E assim não vais ver a lágrima insistente que molha o rosto do teu velho, meu rapaz.
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domingo, 7 de agosto de 2016

Estamos de volta!

Agora a tradição e a cultura gaúcha terá um novo espaço na internet.
O Boca Braba está de volta!

 E pra comemorar vai ai o imortal João de Almeida Neto cantando o tema de inspiração do blog na
30ª Coxilha Nativista de Cruz Alta
E aguardem: Em breve o Programa do Boca Braba numa rádio web perto ti.

Espetáculo com João de Almeida Neto na 30ª Coxilha Nativista de Cruz Alta
Interprete: João de Almeida Neto
Violão 7 cordas: Arthur Bonilla
Gaita:Samuel Costa
Contrabaixo: Miguel Tejera
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