sábado, 12 de outubro de 2024

LP Verdades e Milongas - 1983 - Algacir Costa

"PENSARES DA VIDA E CANTOS DE ESPERANÇA"


LP original de 1983, regravado em 2021 como parte da coleção "Origens Gaúchas"



LADO A
00:00 1 - Orelhano
10:43 2 - Vida De Caserna
LADO B
21:24 1 - Canto De Apelo
28:41 2 - Caminhos De Minha Raça
34:30 3 - Milonga De Pai Pra Filho

"Algacir Costa nasceu na Vila Teixeira, 7º Distrito de Passo Fundo, hoje município de Tapejara, estado do Rio Grande do Sul, no dia 11 de outubro de 1944. Estudou música nos conservatórios de Passo Fundo nos anos 1968/1969, violão clássico no conservatório do Recife em 1971, e piston clássico no Recife e João Pessoa em 1981. Ministrou dez cursos de Teoria e Solfejo como representante da ordem dos músicos de Porto Alegre, no interior do Estado do Rio Grande do Sul, nos anos de 1986 e 1988. É criador de um método pioneiro de gaita de botão, um método de iniciação ao violão, um método para pistom e outro método inovador de solfejo, leitura musical. Escreveu arranjos para bandas de Músicas, foi compositor, musicista e poeta. Gravou em 1963 um disco em 78 rotações, um compacto duplo em 1966 e mais 4 LPs solo. Possui 8 LPs gravados com o Grupo Os Fronteiriços. Participou em mais de 25 festivais de Música Nativista como compositor, interprete e em outros como jurado. Fez apresentações nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Pará. Algacir Costa gravou um LP em Buenos Aires em 1978. Participou com Os Fronteiriços nos Festivais Del Litoral, Apostoles e Missiones, na República da Argentina, e no 25º Festival Internacional de Folclore em Santarém, Portugal, 1983. Escreveu arranjos para corais e foi regente. Tocava sete instrumentos: gaita de botão, violão, baixo, cavaquinho, pistom, trombone e piano. Escreveu músicas para todos esses instrumentos. Algacir era casado com a cantora Clary Marcon, com a qual teve, os filhos, Diego e Diamandu Costa, que agora é o artista Yamandu, o prodígio incontrolável da música instrumental, hoje famoso internacionalmente e considerado um dos melhores violonistas do Brasil. Em sua biografia conta que o guri tinha 12 anos, quando em plena avenida central de Passo Fundo, a capital do Planalto Médio do Rio Grande do Sul, os Fronteiriços se preparavam para um show. O guri saltitou entre as alpargatas e espiou o público e viu que tinha apenas cinco pessoas. Foi então que o pequeno Yamandu mirou os olhos nos do pai e sugeriu: 'Bah, vamos cancelar este troço, só tem cinco pessoas!' Endiabrado, Algacir reagiu antes que o garoto pudesse piscar. Agarrou-o pelo braço, olhou fundo em sua alma e disse: 'Você nunca mais me fale uma coisa dessas. Tem cinco pessoas? Pois nós vamos tocar como se fossem cinco mil! Este show vai ser o melhor da nossa vida. Nunca desrespeite seu público dessa maneira!' Hoje, aos 28 anos, um DVD e seis discos lançados, sempre que o violonista Yamandu Costa sobe a um palco em Paris ou Tóquio, Rio ou São Paulo, Viena ou na Alemanha, normalmente aguardado por uma plateia numerosa e devotada por seu virtuosismo, impetuosidade e capacidade de improviso, ele lembra do pai e daquelas cinco pessoas naquele teatrinho, e carrega a lição de que nada é mais importante do que ter respeito pela arte e por quem a consome. Assim fala Yamandu a respeito do Pai Algacir: 'Meu pai morreu com a carreira limpa. Sempre fez o que quis, nunca se vendeu pra ninguém, nunca ficou pensando na coisa mais comercial, mandou tudo à merda e investiu só no que ele acreditou. Isso eu carrego o tempo inteiro. A dignidade de um artista é o que mais importa', decreta o filho orgulhoso, enquanto cortamos o solo gaúcho rumo a Passo Fundo, adentrando o pampa pela infinita highway de nuvens carregadas, deixando para trás simpáticas cidadelas com igrejas de torres pontudas e cartesianas praças centrais. Algacir Costa veio para Canarana pela primeira vez a convite do CTG Pioneiros do Centro Oeste, para ser jurado do 2º Festival de Música Gaúcha denominado Grito Pampiano, em outubro de 1993. Gostou da cidade se transferindo para cá no final do ano 1993, juntamente com seu filho Yamandu, permanecendo durante os anos 1994 a 1995. Além de dar aulas de música, foi regente do Coral Municipal Vozes de Canarana e trabalhou como músico na animação de festas e bailes. Neste tempo que residiu em Canarana compôs a músicas Terra Esperança, que foi sendo reconhecida como a melhor composição feita em homenagem a Canarana. Essa música foi oficializada através da Lei 034/2010, como hino do município, aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal de Vereadores em sessão realizada no dia 27 de outubro de 2010. Em função de problemas de saúde voltou para o Sul e residiu em Porto Alegre até o seu falecimento que ocorreu em 1997".
Fonte: http://promemoriacanarana.blogspot.com/2010/10/algacir-costa-autor-do-hino-de-canarana.html

domingo, 15 de setembro de 2024

Macedinho | CD Domador Por Oficio

 Macedinho - O Gênio do Repentismo

Ganhador do Prêmio Teixeirinha em 2009 Álbum: Domador Por Oficio



Trovador Macedinho Atualmente com 62 anos de idade, José Ailton Macedo Carvalho, o “Macedinho”, cantor, trovador, gaiteiro e compositor, é filho de São Gabriel. Seu cartão de visita no mundo da trova foi em 1992, quando se tornou "Campeão Invicto do Rio Grande do Sul", pela RBS TV no programa “Galpão Crioulo”. Ali nascia o maior fenômeno atual de trova gaúcha. Um verdadeiro garimpeiro de títulos, foi nove vezes campeão de trovas do “Mi Maior de Gavetão”, em Sapucaia do Sul, maior festival de trovas da América Latina. Campeão várias vezes do “Desafio de Cacequi”, Campeão dos Campeões, do “3º Garimpo de Versos da Terra de Vila Rica”, em Júlio de Castilhos e Penta Campeão de Trovas do “Rodeio Internacional de Vacaria”, tornando-se o maior ganhador. Possui em sua galeria mais de 200 troféus de 1º lugar. Paralelamente a trova, "Macedinho" conduz sua carreira artística como cantor e repentista. Já levou a arte do sul do País a Europa, cantando no “Festival Internacional de Portugal”. Representou o Rio Grande do Sul em 16 Estados do Brasil. Possui em sua discografia nove CDs lançados. Mais maduro em sua arte, "Macedinho", compõe letras e músicas sobre os mais variados temas. Sempre com a responsabilidade de representar da melhor forma a cultura do Sul do Brasil. Chama a atenção que o mercado da música gaúcha – cada vez mais precário em letristas e poetas – não tenha dado o devido valor ao talento de "Macedinho" e seus versos sem emendas malsucedidas. Misturando a trova clássica com certa dose de cultura, ele mostra a que veio quando se defronta com o palco. Diante da plateia, os versos viram sua coroa; o tablado, seu castelo. E então "Macedinho" entoa improvisos sobre Teixeirinha, Valdomiro Mello e, acreditem, até sobre a Princesa Isabel. Seu talento desconcerta a concorrência. "Macedinho" conta como seu talento musical surgiu. Quando criança, ajudava o pai nas entregas de mercadorias pelo interior de São Gabriel. Certa feita, quando contava seis anos, de idade ficou esperando o pai negociar com o dono de um grande armazém da cidade quando, de repente, ouviu – pela primeira vez – o som de uma vitrola. No prato do aparelho, a música “Esta noite nos separa”, cantada por Teixeirinha e Mary Terezinha. Aquilo nunca mais saiu da sua retina. Ele, do lado da carroça ouvindo aquele som, uma coisa que nunca tinha visto. Fonte: https://vivasaogabriel.blogspot.com/2... 23 de junho de 2014 Adaptado e atualizado por Boca Braba em 17 de Fevereiro de 2024